Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) realiza reunião com 17 itens. Entre eles, o PL 2.519/2019, que prevê uso do fundo de segurança pública na proteção de fronteiras.
Mesa:
vice-presidente da CAE, senador Angelo Coronel (PSD-BA);
presidente da CAE, senador Vanderlan Cardoso (PSD-GO);
senador Jaques Wagner (PT-BA);
senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB). Audiência do arcabouço foi aprovado na comissão.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
A Comissão de Assuntos Econômicos do Senado (CAE) aprovou nesta terça-feira (13) a realização de audiência pública antes que o parecer do novo arcabouço fiscal seja colocado em apreciação no plenário do colegiado. A audiência será realizada na próxima terça-feira (20), mesmo dia em que o parecer do senador
Omar Aziz (PSD-AM) será apresentado. O relator indicou que deve manter o cálculo do chamado
Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF), que
emperra o aumento dos recursos transferidos pela União para o Distrito Federal.
A audiência pública foi solicitada por meio de requerimentos apresentados pelos senadores
Rogerio Marinho (PL-RN) e
Izalci Lucas (PSDB-DF). principal porta-voz da bancada do Distrito Federal nas articulações para impedir que o governo local perca recursos do chamado
Fundo Constitucional do DF com a aprovação do
arcabouço fiscal.
Segundo o governo do Distrito Federal, a capital do país perderá R$ 87 bilhões em receita ao longo dos próximos dez anos caso o texto aprovado pela Câmara vire lei. O dinheiro do fundo é destinado para despesas com segurança pública, saúde e educação. Izalci queria chamar ex-governadores do DF para falar sobre o tema.
O pedido de audiência, contudo, foi rebatido pelo relator do projeto, que chegou a alegar que
Izalci Lucas estaria "atrapalhando" a tramitação da matéria. Izalci não estava no colegiado.
"Eu faço um apelo de que não é necessário audiência pública, Não precisa vir pessoa aqui para orientar senador a como votar. Audiência pública a gente pede quando não se tem capacidade de votar uma questão. Isso é para o Brasil, não é um projeto do Lula. É uma necessidade que o Brasil tem", disse Omar Aziz, que complementou:
"Não adianta vir os governadores aqui para me fazer mudar de questão. O senador Izalci deveria ser o único que não deveria estar atrapalhando a matéria", deixando a entender que não irá mudar o texto em favor do Distrito Federal.
Diante das divergências apontadas por Omar Aziz, o líder do governo no Senado,
Jaques Wagner (PT-BA), sugeriu um acordo, para que seja realizada a audiência pública no mesmo dia da apresentação do relatório. A proposta foi aprovada com voto contrário de Omar Aziz.
Izalci já levou a reivindicação ao presidente da República na reunião que Lula teve com os líderes do Senado na última segunda-feira (5). E saiu do Palácio do Planalto otimista. Em entrevista ao
Congresso em Foco, o tucano disse que o petista se comprometeu a trabalhar para que sua base aliada exclua o fundo do projeto das novas regras fiscais e, em último caso, a vetar o dispositivo na sanção presidencial.