Walter Delgatti Neto, presença mais esperada da CPMI dos Atos Golpistas, poderá ficar em silêncio no depoimento desta quinta-feira. Foto: reprodução
O hacker Walter Delgatti Neto, presença mais esperada da
CPMI dos Atos Golpistas, poderá ficar em silêncio no depoimento que prestará nesta quinta-feira (17). O hacker obteve um habeas corpus concedido ontem à noite pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
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Delgatti é aguardado no Congresso um dia após ter admitido à Polícia Federal que recebeu R$ 40 mil da deputada
Carla Zambelli (PL-SP) para invadir "qualquer sistema do Judiciário". Segundo a defesa, o hacker entregou comprovantes de que recebeu R$ 14 mil em depósitos bancários e R$ 26 mil em espécie de assessores de Zambelli.
Parlamentares da base aliada, no entanto, esperam que ele fale e revele a "essência da estratégia golpista". Já a oposição alega que a convocação dele é uma "cortina de fumaça" para encobrir eventuais responsabilidades do atual governo nos atos que culminaram na depredação das sedes dos três Poderes em Brasília.
"A nossa estratégia é demonstrar, de preferência com Delgatti falando, qual o papel dele na tentativa de Bolsonaro junto com a Zambelli para melar o processo eleitoral", disse ao Congresso em Foco o deputado
Rogério Correia (PT-MG), vice-líder do governo na Câmara e membro da CPMI.
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Delgatti tem um papel chave para exatamente tentar explicar esse processo de contestação e inclusive na invasão das urnas eletrônicas. Ele é o testemunho da raiz do processo golpista", declarou o líder do governo no Congresso, senador
Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), titular do colegiado.
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