Foto: Najara Araujo/Câmara dos Deputados
Depois que o presidente da Câmara,
Rodrigo Maia (DEM-RJ), se solidarizou com o
youtuber Felipe Neto pelos ataques e ameaças que vem recebido e prometeu acelerar o projeto de combate às
fake news, a hashtag #DerreteMaia cresceu no
Twitter. Impulsionada por apoiadores do presidente
Jair Bolsonaro, a hashtag é um dos assuntos mais comentados na rede social na manhã deste domingo (2).
> Felipe Neto aceita convite de Maia para debater PL das fake news na Câmara
Os tuítes fazem referência ao número de votos recebidos por Maia na última eleição e apelam pela não reeleição do deputado. O convite feito a Felipe Neto e a defesa do PL das
fake news são as principais razões das críticas ao presidente da Casa, que
já sofreu ataques da rede bolsonarista em outras ocasiões.
Aprovado pelo Senado em junho, o PL 2630/2020 visa combater a disseminação de notícias falsas nas redes sociais e está em discussão na Câmara. Ainda não foi definido relator da matéria nem estipulada data para votação em Plenário. Polêmico, o texto é visto com ressalvas por diversos setores, como partidos, organizações, pesquisadores e influenciadores digitais como o próprio Felipe Neto. As razões das críticas divergem, e
deputados sinalizam que deverão modificar o texto vindo do Senado.
Apoiadores do presidente Bolsonaro chamam o texto de "PL da censura" e alegam que ele afronta a liberdade de expressão. Recentemente, perfis bolsonaristas têm sido
derrubados por plataformas como o Facebook por ordem judicial. Investigações no âmbito do inquérito das
fake news, que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), apontam para comportamento inautêntico de contas.
Filho do presidente, o deputado federal
Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) escreveu no
Twitter que Maia estaria ressentido pelo tratamento recebido na internet e usa o cargo para provocar mais. "Pra ser justo, o senhor chamará algum influenciador de direita para o debate? Podemos contar com sua isenção?", questionou ele.
O presidente da Câmara foi procurado pela reportagem para comentar, mas até a última atualização não havia se manifestado. O espaço permanece aberto.
> Líder do PSL quer presidente liberal na Câmara e aliança com PTB, Pros e PSC
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