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Congresso em Foco
06/02/2019 | Atualizado às 11h10
Pacote anticrime de Moro ponto a ponto: veja como a lei é hoje e o que pode mudar
Pacote de Moro "passa tranquilamente" na Câmara, diz líder da bancada da bala
Contestações Um dos pontos elogiados pela bancada da bala é uma mudança no artigo 25 do Código Penal, que trata do conceito de legítima defesa. O projeto passa a explicitar, na lei, que policiais em situação de conflito estão contemplados. Esse, porém, é um dos trechos que mais deve ser questionado pela oposição, que vê na mudança uma brecha para que as polícias matem mais pessoas em serviço. "Esta mudança pode fazer com que se abata cada vez mais gente, sem reduzir a violência. E sabemos quem serão as principais vítimas: negros, pobres e moradores de favelas e periferia", publicou no Twitter o deputado Marcelo Freixo (Psol-RJ). A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) entende que a ideia "deve ser vista com muita calma", enquanto a organização Conectas Direitos Humanos criticou a proposta frontalmente. "Esse pacote cria uma legitimação de mortes praticadas pela polícia, o que é muito preocupante", avalia o coordenador do Programa de Violência Institucional da organização, Rafael Custódio. "Nós não estamos ampliando a legítima defesa. Nós só estamos deixando claro na legislação que determinadas situações que se verificam no cotidiano caracterizam legítima defesa", defende-se Moro. Principal aposta do ex-juiz federal em sua gestão no Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Projeto de Lei Anticrime promove alterações em 14 leis, que vão desde o Código Penal (CP) e o Código Processual Penal (CPP) até legislações pouco conhecidas, como a 12.037/2009 (que trata da identificação de criminosos pelo Estado) e a 13.608/2018 (que regula o recebimento de denúncias e o oferecimento de recompensas). As mudanças, segundo Moro, foram organizadas em 19 objetivos, que visam atacar três questões centrais: a corrupção, o crime organizado e os crimes violentos. Para o ex-juiz federal, os três problemas estão interligados. Entre outras alterações, o projeto criminaliza a prática do caixa dois e reforça a prisão para condenados em segunda instância. O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) avaliou que o projeto precisa de "análise mais aprofundada", mas viu com "estranhamento" o texto ter sido elaborado sem consulta a órgãos como o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social e do Conselho Nacional de Políticas Penitenciárias.Tags
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