O cardiologista Marcelo Queiroga. [fotografo]Marcelo Queiroga via Twitter[/fotografo]
O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro e será o quarto ministro de Estado da Saúde do Brasil em 11 meses. A confirmação do seu nome foi feita nesta segunda-feira (15), pelo presidente Jair Bolsonaro. O nome ainda precisa ser publicado no Diário Oficial da União para ser oficializado, o que segundo Bolsonaro deve ocorrer amanhã.
"Foi decidido agora à tarde a indicação do médico, doutor Marcelo Queiroga, para o Ministério da Saúde", disse Bolsonaro a apoiadores no Palácio do Alvorada. O presidente disse que já o conhecia "há alguns anos", e que o titular tem capacidade de seguir ao trabalho do atual titular, o general Eduardo Pazuello. Queiroga, segundo o presidente, deverá estar à frente da pasta "em um momento mais agressivo de combate à pandemia."
Queiroga é cardiologista desde os anos 1990, e atua n área de hemodinâmica e intervenção cardíaca. Desde 1997 era o responsável da área de cardiologia de um hospital da Unimed em João Pessoa.
O agora ministro é alinhado com as ideias bolsonaristas: Queiroga foi um leal apoiador do presidente Jair Bolsonaro, inclusive fazendo campanha ao então candidato em 2018.
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Foto: Facebook/Reprodução[/caption]
O ministro substitui o general Eduardo Pazuello, que comandou a pasta de maio de 2020 até hoje. Horas antes de ter seu substituto indicado,
o militar negou que estivesse de saída. Pazuello assumiu que está envolvido em escolher o sucessor - hoje, a cardiologista Ludhmila Hajjar recusou o cargo.
Pazuello, por sua vez, substituiu o médico Nelson Teich, que ficou um mês no cargo. Teich substituiu Luiz Henrique Mandetta, que era ministro desde o início do governo Bolsonaro em 2019, e foi responsável pelo comando no início da pandemia.
Queiroga assume a pasta no pior momento da pandemia de covid-19 no Brasil: o país registra mais de 279 mil mortos pela doença, 11,4 milhões de casos, em números que continuam evoluindo. O presidente, até este momento, mantém uma postura negacionista sobre a pandemia, o que gera críticas dentro e fora do país sobre a condução dos combates à doença.
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