Bolsonaro afirmou que o regime militar teve amplo apoio social e possibilitou a consolidação da democracia
[caption id="attachment_45672" align="alignleft" width="300" caption="Bolsonaro foi chamado de assassino por pessoas que acompanhavam sessão realizada para relembrar golpe"]

[fotografo]Ag. Brasil[/fotografo][/caption]Tumulto e confusão marcaram o início da sessão solene na Câmara que relembra hoje (1º) os 50 anos do golpe militar de 1964. A decisão da presidência da Casa de limitar a 100 o número de convidados para acompanhar a sessão no plenário provocou debate entre alguns deputados e seguranças da Casa.
Depois da confusão, o presidente da Casa, deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), reviu a medida e liberou a entrada ao plenário e também à galeria. De acordo com o secretário-geral da mesa diretora, Mozart Viana, a restrição foi tomada para evitar um confronto entre grupos a favor e contrários ao golpe de 1964.
De acordo com Viana, na semana passada, o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) solicitou 200 convites e a deputada Luiz Erundina (PSB-SP), o mesmo número. Para evitar o confronto, ficou decidido que seriam distribuídos 100 convites para entrar no plenário, proporcionalmente ao tamanho das bancadas, e as galerias seriam fechadas.
O deputado Amaury Teixeira (PT-BA) criticou a medida. "Quando é homenagem aos militares não tem isso. Esse país precisa se libertar dessa história de louvação aos símbolos militares", disse o petista. "Nunca foi exigido isso [senha] para a uma sessão solene", acrescentou.
Já o deputado
Chico Alencar (PSOL-RJ) elogiou a liberação do público para acompanhar a solenidade. "Esperamos o presidente da Casa chegar e, como era de se esperar, ele entendeu que estava se criando uma tensão desnecessária".
Durante o discurso da deputada
Luiza Erundina, autora do requerimento para realização da solenidade, um grupo exibiu uma faixa parabenizando os militares pelo golpe. O ato provocou tumulto e os presentes, alguns que foram vítimas ou tiveram parentes torturados pelo regime, chamaram o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) de assassino. Antes de começar a solenidade, ele ofendeu uma jornalista que perguntou se, para ele, o golpe não existiu.
Na abertura dos trabalhos, o presidente da Casa, assinou um ato da mesa inaugurando o Ano da Democracia, da Memória e do Direito à Verdade - que terá uma agenda de eventos políticos, culturais e educativos e se estenderá até o fim de 2014.
(Agência Brasil)
Mais sobre golpe de 1964
Nosso jornalismo precisa da sua assinatura