Gilmar Mendes autorizou investigações aos partidos nesta quarta-feira (10)
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
[fotografo]José Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, autorizou o andamento das investigações contra o PMDB e o PP, atendendo pedido feito pela corregedora-geral da Justiça Eleitora, ministra Maria Thereza de Assis Moura. Há poucos dias o ministro havia pedido a abertura de
investigação sobre o PT. Se a suspeita for comprovada, ambos os partidos podem ter os registros cassados.
As denúncias tomam como base as investigações da
Operação Lava Jato. De acordo com a decisão da ministra sobre o PMDB e o PP, "a análise preliminar da volumosa documentação denota a existência de fatos graves a exigir a devida apuração". Entre as informações enviadas pelo juiz
Sergio Moro há o depoimento do investigado na Lava Jato, Paulo Roberto Costa, que confirma o repasse de valores aos dois partidos por meio de empreiteiras que mantinham contrato com a Petrobras.
A corregedora-geral eleitoral ressaltou que são fatos graves que demonstram completa distorção no sistema da democracia representativa. "Uma vez comprovadas tais condutas, estaríamos diante da prática de crimes visando a conquista do poder e/ou sua manutenção, nada muito diferente, portanto, dos períodos bárbaros em que crimes também eram praticados para se atingir o poder. A mera mudança da espécie criminosa não altera a barbaridade da situação", enfatizou a relatora.
PSDB
O TSE determinou nesta quarta-feira (10) que os técnicos do tribunal
investiguem as contas da campanha eleitoral do senador
Aécio Neves (PSDB-MG) à Presidência da República em 2014. O caso envolvendo os
tucanos e a Operação Lava Jato, porém, ainda não foi analisado.
A medida contra
Aécio Neves foi tomada com base em denúncias feitas pelo PT em abril. De acordo com o partido, a campanha contratou empresas que não tinham capacidade para prestar os serviços. Além disso, segundo o PT, houve "alto volume" de transações bancárias e há indícios de que algumas empresas são de "fachada", por não terem sido apresentados ao TSE os contratos de prestação de serviços.
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