Ex-ministro foi preso no âmbito da Operação Custo Brasil, na semana passada
[caption id="attachment_249606" align="alignright" width="300" caption="Ex-ministro foi preso no âmbito da Operação Custo Brasil, na semana passada"]
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[fotografo]MarceloCamargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta quarta-feira (29) a
prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, preso na última quinta-feira pela
Operação Custo Brasil, da Polícia Federal, um dos mais recentes desdobramentos do
Lava Jato. Toffoli, porém, recusou o pedido da defesa para que o caso fosse encaminhado da Justiça Federal de São Paulo para a Suprema Corte - onde a esposa de Paulo Bernado, a senadora
Gleisi Hoffmann (PT-PR), por ter direito a foro privilegiado também é investigada por suspeita de caixa dois a partir de dinheiro desviado da Petrobras.
Em seu despacho, o ministro do STF afirmou que houve um "flagrante constrangimento ilegal" na prisão do ex-ministro. Toffoli afirmou que a decisão de mandar prender o ex-ministro petista se baseia, "de modo frágil", na conclusão de que Paulo Bernardo ""poderia interferir na produção de provas".
Veja a íntegra da decisão de Dias Toffoli
Em nota, os advogados de defesa de Paulo Bernardo afirmaram que a decisão de Toffoli "deixou claro que os fundamentos eram genéricos e que os requisitos legais e constitucionais [para a prisão] não estavam presentes".
Gleisi Hoffmann, que participava da reunião da Comissão de Impeachment no momento que o STF decidiu soltar seu marido, leu o despacho para os colegas. "Sabíamos que não tinha base nenhuma para esta prisão acontecer. Nunca nos recusamos a responder nada, mas não podemos admitir que a Justiça não seja seguida e que a decisão não seja respeitada", comentou a senadora após a leitura.
Leia abaixo nota divulgada pelos advogados de Paulo Bernardo:
"A decisão do Ministro Dias Toffoli, acolhendo pedido da defesa técnica, desconstruiu todos os fundamentos da prisão de Paulo Bernardo. Deixou claro que os fundamentos eram genéricos e que os requisitos legais e constitucionais não estavam presentes.
Rodrigo Mudrovitsch, Juliano Breda e Verônica Sterman"
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