Eduardo Cunha é réu em segunda ação penal instaurada no STF
[caption id="attachment_249408" align="alignleft" width="300" caption="Publicamente, Cunha tem afirmado que não pretende renunciar, estratégia que preservaria seu mandato"]

[fotografo]Lula Marques/Agência PT[/fotografo][/caption]O presidente interino Michel Temer e o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), reuniram-se na noite deste domingo (26) no Palácio do Jaburu. O encontro foi confirmado pela assessoria do Palácio do Planalto, mas não pelo deputado. O principal assunto discutido, segundo apurou o jornal
Folha de S.Paulo, foi a sucessão da Presidência da Câmara. Cunha responde a um processo por quebra de decoro parlamentar e a recomendação de sua cassação foi aprovada pelo Conselho de Ética. O caso será votado em plenário, porém, o peemedebista apresentou recurso à CCJ questionando a votação no colegiado.
Esta foi a terceira reunião entre os peemedebistas desde que Temer assumiu interinamente a Presidência da República. O encontro deste domingo foi um pedido de Cunha, aceito pelo presidente. Publicamente, Cunha tem afirmado que não pretende
renunciar - escolha que preservaria seu mandato. No entanto, segundo a reportagem, o deputado já estuda a negociação de uma possível renúncia e busca emplacar um sucessor aliado, de preferência do chamado "centrão". O grupo reúne pouco mais de 200 dos 513 deputados, a maioria deles do de partidos como PP, PR, PSD, PTB, PRB e outras siglas menores.
Aliados de Cunha, porém, avaliam que a estratégia no momento não surtiria o efeito esperado, e deveria ter sido executada antes da votação de seu processo no Conselho de Ética. Além do processo de cassação, Cunha ainda é réu em
duas ações no Supremo Tribunal Federal, no âmbito da
Operação Lava Jato.
A assessoria de Temer informou apenas que os dois discutiram o atual "cenário político", e não confirmou que o tema da sucessão de Cunha foi debatido. Para o Palácio do Planalto, a principal preocupação é que a indefinição na Câmara paralise o ritmo de votações e impeça a aprovação de medidas consideradas importantes para o governo, como a PEC que limita os gastos públicos.
Leia a reportagem completa no jornal Folha de S.Paulo
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