[caption id="attachment_248211" align="alignleft" width="285" caption="Presidente interino disse que Janot "fez seu papel" ao pedir a prisão de caciques do PMDB"]

[fotografo]Beto Barata/PR[/fotografo][/caption]Em entrevista à
Rádio Jovem Pan na manhã desta quarta-feira (22), o presidente interino Michel Temer disse que "não vale a pena" pedir o impeachment do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A denúncia contra Janot está
sob análise do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), que ficou de dar uma resposta sobre o caso (se ele será arquivado ou não) ainda hoje. "Renan já arquivou cinco pedidos. Esse é o sexto, que eu tenho a sensação de que não irá adiante", afirmou o presidente.
Temer acrescentou que, a seu ver, Janot "fez seu papel" ao pedir ao Supremo Tribunal Federal as
prisões dos senadores
Renan Calheiros e Romero Jucá (PMDB-RR), do ex-presidente da República José Sarney e do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava Jato no STF,
rejeitou os pedidos. Para Teori, entre os elementos apresentados no pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) não há flagrantes de crimes inafiançáveis ou permanentes cometidos pelos peemedebistas.
"É muito delicado dar qualquer palpite. Mas na minha opinião, sob o ângulo pessoal, acho que o procurador fez o papel dele -embora eu não saiba quais foram suas razões, possivelmente ele está motivado por depoimentos que tem em suas mãos. E o ministro Teori também fez o dele adequadamente. No instante que começamos a perceber que temos que obedecer e enaltecer a atividade das instituições estaremos aprimorando uma tentativa do que eu chamo de reconstitucionalizar o país", disse Temer na entrevista.
A
denúncia contra Janot foi protocolada na última segunda-feira (13), pelas advogadas Beatriz Kices e Cláudia Faria de Castro, ligadas a movimentos pró-impeachment da presidente Dilma. Segundo as autoras, ao pedir a prisão preventiva de membros da cúpula do PMDB, Janot concedeu tratamento diferenciado ao partido, uma vez que não tratou com a mesma rigidez nem a presidente Dilma nem seu antecessor, Lula, envolvidos em "situações análogas" na Lava Jato, de acordo com elas.
Confira a entrevista no site da rádio Jovem Pan
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