Cadeira de Cunha é cobiçada por deputados aliados e adversários
[caption id="attachment_251378" align="alignleft" width="300" caption="Cadeira de Cunha é cobiçada por deputados aliados e adversários"]

[fotografo]Gustavo Lima/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]Começou a corrida eleitoral interna na Câmara para a escolha do sucessor do presidente afastado da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Um grupo de candidatos já faz campanha aberta e pede votos aos colegas para as eleições extraordinárias, que deverão ser marcadas para cinco dias após a data em que Cunha renunciar ou, eventualmente, ser cassado em plenário.
O novo presidente terá um mandato tampão até o dia dois de fevereiro, quando uma nova Mesa Diretora será escolhida. Entre os candidatos ao comando da Câmara estão o primeiro-secretário da Câmara, Beto Mansur (PRB-SP); o líder do PSD, Rogério Rosso (DF); e o veterano Heráclito Fortes (PSB-PI). O deputado Carlos Manato (SD-ES) também está em campanha. Um dos mais empolgados na campanha é Fernando
Giacobo (PR-PR), que, como segundo-vice presidente da Casa, já tem substituído o presidente interino, Waldir Maranhão (PP-MA), que já se notabiliza por
decisões contraditórias e recuos.
Candidato derrotado por Cunha nas eleições de fevereiro, Julio Delgado (PSB-MG) também decidiu concorrer para o mandato tampão e também pede votos. O deputado Milton Monti (PR-SP) também passou a pedir votos aos colegas nesta terça-feira (5). Outros deputados também estão tentando se ariticular para concorrer ao cargo de Cunha.
Monitoramento
Descartado pelo Palácio do Planalto para ser líder do governo do presidente interino Michel Temer na Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) também está na lista de candidatos ao mandato tampão. Qualquer deputado pode concorrer ao cargo de Cunha, até o seu substituto Waldir Maranhão.
O Palácio do Planalto monitora todos os candidatos para evitar surpresas, ou mesmo a eleição de um nome distante de Temer. O chamado "centrão", grupo suprapartidário formado por deputados aliados a Eduardo Cunha, tenta manter a influência na Mesa Diretora e eleger um nome ligado ao presidente afastado. Mas as
complicações judiciais de deputados como André Moura (PSC-SE), líder do governo Temer na Câmara, inibe o centrão em indicar alguns nomes para o comando da Casa.
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