[caption id="attachment_228609" align="alignright" width="360" caption="Senador e deputado estão entre os investigados da Operação Lava Jato"]

[fotografo]Agência Brasil/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o sequestro de R$ 4,2 milhões em bens do senador Benedito de Lira (PP-AL) e de seu filho, o deputado
Arthur Lira (PP-AL), presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. Por terem foro privilegiado, ambos são investigados no STF por suspeita de envolvimento com o esquema de corrupção instalado na Petrobras e descoberto pela
Operação Lava Jato.
Segundo o despacho de sequestro assinado pelo ministro do STF Teori Zavascki, o bloqueio atinge R$ 2,6 milhões do deputado e R$ 1,6 milhão do senador. Relator da Lava Jato, Teori formalizou a decisão por solicitação da Procuradoria-Geral da República (PGR) e da Polícia Federal (PF). O ministro se baseou em informações colhidas na delação premiada firmada pelo dono da UTC, Ricardo Pessoa, com o Ministério Público.
Segundo o empreiteiro,
Arthur Lira se valeu de sua posição política para exigir de Pessoa R$ 1 milhão em doações de campanha, como condição para que as "portas" da Petrobras continuassem "abertas" para a UTC. Segundo o empresário, considerado um dos principais delatores da Lava Jato, as cobranças do deputado foram "bastante contundentes".
Ao expedir a determinação de sequestro, Teori encaminhou comunicado ao Banco Central para que as devidas providências sejam tomadas no sentido da indisponibilidade dos bens. O ministro esclareceu ainda que o valor a ser sequestrado é menor no caso de Benedito de Lira porque, nos autos da investigação, não há evidências de que ele tenha se beneficiado da propina pedida por seu filho à UTC.
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