[caption id="attachment_101548" align="alignright" width="290" caption="Sindicato dos procuradores da Fazenda quer afastamento provisório de Adams"]

[fotografo]Pedro França/Agência Senado[/fotografo][/caption]O Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz) apresentou nesta semana um pedido de reavalição da postura do advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, no Conselho de Ética Pública, órgão vinculado à Presidência da República. Em 29 de janeiro, o Conselho decidiu não investigar a conduta de Adams, que teve seu adjunto na pasta, José Weber de Holanda, envolvido na Operação Porto Seguro, da Polícia Federal.
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Os conselheiros se reúnem na segunda-feira (25). No entanto, a pauta do Conselho de Ética não foi divulgada. Para a entidade que representa os procuradores da Fazenda, ligados administrativamente à AGU, o melhor caminho é a abertura de uma investigação pelo órgão e recomendam o afastamento preventivo do ministro da AGU até a conclusão do processo.
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A operação da Polícia Federal desvendou um esquema de fraude de pareceres técnicos emitidos por funcionários públicos corrompidos pelo grupo. Os documentos serviam para beneficiar empresas privadas. Em dezembro, o Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra 24 pessoas. Entre eles, estão a ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Nóvoa de Noronha, e o ex-advogado-geral da União adjunto, José Weber Holanda Alves.
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No Senado, em 5 de dezembro, Adams disse que a AGU tomou todas as providências cabíveis ao ser notificada do indiciamento do ex-advogado-geral adjunto na operação da PF. Weber foi exonerado do cargo após ser acusado de participar de um esquema de venda de pareceres. "Além do afastamento imediato [de José Weber], nós tivemos acesso ao inquérito e começamos a trabalhar nessa análise para ver qual era o impacto da operação", declarou Adams.
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Para a entidade, a investigação realizada pela Corregedoria Geral da AGU não oferece dados consistentes, "tampouco respostas ao caso". ""Ele perdeu legitimidade junto aos membros da carreira visto que suas recentes iniciativas ignoram a independêncoia técnica do advogado e caminham para a politização da AGU", disse o presidente da entidade, Allan Titonelli Nunes, de acordo com a assessoria do sindicato.