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Congresso em Foco
19/04/2018 | Atualizado às 17h05
<< Manuela diz que Ana Amélia confunde Al Jazeera com Al Qaeda e ironiza: "Só resta comer um Al Fajor"Na gravação, tornada pública na última quarta-feira (18), Gleisi Hoffmann afirma que o ex-presidente Lula é um preso político. "Lula foi condenado por juízes parciais num processo ilegal. Não há nenhuma prova de culpa, apenas acusações falsas", afirma. Em seguida, ela convoca "todos e todas [do mundo árabe] a se juntarem na luta" para libertar Lula. O assunto provocou caloroso debate na sessão de ontem do Senado. Medeiros questionou o fato de a senadora passar um "recado muito estranho" à emissora, que é mantida pelo governo do Catar e é reconhecida como veículo jornalístico de credibilidade. "Nós temos respeito por todas as religiões. Agora, nós também somos um país que não tem contato com nenhum radicalismo, com nenhum fundamentalismo", criticou. O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias (RJ), lamentou. "Perdoe a ignorância desse. É muita ignorância", condenou Lindbergh, dirigindo-se ao senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), que presidiu parte da sessão plenária. A assessoria do senador José Medeiros admite que houve confusão entre a Al Jazeera, TV do Catar, e a Al Qaeda, grupo terrorista islâmico que ficou famoso principalmente depois dos ataques de 11 de setembro em Nova York. Mas argumenta que o objeto da reclamação no Conselho de Ética será o conteúdo da fala de Gleisi. "Claro que agrava ser na Al Jazeera, porque demonstra a intenção da senadora de que a incitação que ela está fazendo chegue a grupos que historicamente têm essa atuação, por ser um canal de lá. O fato de ela ter feito em um canal do Oriente é um agravante, mas não é determinante", ressaltou a assessoria. A assessoria jurídica do parlamentar ainda está preparando o documento que será apresentado. Na Casa, qualquer senador pode apresentar uma representação contra outro congressista. A situação é instruída pelo Conselho, mas só se torna denúncia se for aceita pelo colegiado. Procurada pelo Congresso em Foco, até a publicação da notícia a senadora Gleisi Hoffmann ainda não havia se manifestado.
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