Roberto Gurgel: a quadrilha "é bem arrogante"
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[fotografo]Felipe Sampaio/STF[/fotografo][/caption]O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, afirmou nesta sexta-feira (6), após encerrar sua sustentação oral na ação penal do
mensalão, que tem sofrido uma campanha "sórdida" por parte de pessoas ligadas aos réus do caso. Mais cedo, ele pediu a condenação de 36 pessoas envolvidas com o esquema por diversos crimes, como formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e gestão fraudulenta.
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De acordo com Gurgel, a campanha contra ele começou a partir do momento em que entregou as alegações finais do caso, em 7 de julho de 2011. "Fui alvo de constante constragimento", disse o procurador-geral da República, evitando nomear quem são os autores das ameaças. Porém, afirmou que a "quadrilha é extremamente arrogante". Na acusação apresentada hoje, ele apontou o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu como o
chefe da quadrilha do mensalão.
Ao analisar a participação de Dirceu como suposto chefe da quadrilha, Gurgel disse que é mais complicado ter provas materiais sobre alguém com um posto de comando. "As articulações são feitas a portas fechadas", afirmou. A acusação em cima do ex-ministro da Casa Civil é baseada especialmente em cima dos depoimentos do publicitário Marcos Valério e do presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson.
Ele ressaltou que a quantidade de provas disponíveis contra Dirceu é menor do que dos outros membros do que a acusação aponta como quadrilha. "A participação dos outros deixa mais rastro", explicou. Gurgel informou que a expectativa é que os ministros acolham totalmente a acusação, com a condenação de 36 pessoas e a absolvição de Luiz Gushiken, ex-secretário de Comunicação do governo Lula.
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