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Congresso em Foco
30/10/2016 | Atualizado às 20h01
[caption id="attachment_269260" align="aligncenter" width="490" caption="Lula e João Paulo Lima durante ato de campanha em Recife"]
O PT passou em branco no segundo turno da eleição municipal. Com sete candidatos, o partido dos ex-presidentes Lula e Dilma perdeu todas as disputas. A derrota de João Paulo Lima (PT) para o prefeito reeleito Geraldo Júlio (PSB), em Recife, impôs à legenda o seu pior desempenho em capitais desde que conquistou a primeira, Fortaleza, em 1985, com Maria Luiza Fontenele. Sem emplacar seu único candidato no segundo turno em capitais, o partido terá de se contentar com a reeleição de Marcus Alexandre (PT), em Rio Branco (AC), ocorrida já no primeiro turno. Na eleição de 2012, os petistas venceram em quatro capitais: além de Rio Branco, Goiânia, João Pessoa e São Paulo, o maior colégio eleitoral do país.
Também terá de se conformar com as 256 prefeituras conquistadas no primeiro turno. Uma queda de quase 60% em comparação com o desempenho de quatro anos atrás. Dois meses após o impeachment da ex-presidente Dilma, o partido foi o que mais encolheu em número de votos e prefeituras conquistadas. No ranking geral, aparece apenas na décima colocação, atrás de siglas menos expressivas, como o PSD, o PSB, o PDT e o PTB. Desde a vitória isolada de Maria Luiza Fontenele, o pior resultado do PT nas capitais havia sido registrado em 1996, quando conquistou Belém, com Edmilson Rodrigues (hoje no Psol), e Porto Alegre, com Raul Pont. Rio Branco, o único reduto petista que sobrou entre as capitais, tem uma população de 380 mil habitantes. A perda de espaço do partido nos grandes centros começou em 2008, a primeira eleição municipal após a descoberta do mensalão. Naquele ano, o partido venceu em seis capitais, três a menos do que as conquistadas em 2004, a primeira após a chegada de Lula ao Palácio o Planalto. Em 2012, a legenda compensou a perda de dois centros com a eleição de Fernando Haddad (PT), em São Paulo. Em 2 de outubro, Haddad foi derrotado já no primeiro turno por Doria. A queda do partido ocorre no momento em que a sigla enfrenta forte desgaste com denúncias de envolvimento de lideranças com esquemas de corrupção, como o petrolão, e o impeachment de Dilma. Pela primeira vez o PT não elegeu qualquer prefeito em seu berço, a região do ABC Paulista. Este ano o PT ficou de fora da disputa final em redutos importantes e históricos para o partido este ano como Porto Alegre, Fortaleza e Belo Horizonte. Também não governará nenhuma grande cidade no Nordeste. Desde 1985, a legenda acumulou 36 conquistas em capitais. Uma média de quatro por eleição municipal. Veja o histórico do PT em capitais nas eleições municipais: 1985 - 1 1988 - 3 1992 - 4 1996 - 2 2000 - 6 2004 - 9 2008 - 6 2012 - 4 2016 - 1 Mais sobre eleiçõesTemas
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