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Congresso em Foco
06/05/2018 | Atualizado às 08h43
<< Amigos de Temer, Yunes e coronel Lima arrecadavam propina para o presidente, diz MPF << Leia a reportagem da Folha de S. Paulo na íntegraConforme informações dos jornalistas Letícia Casado e Fábio Fabrini, os investigadores estiveram no escritório de Yunes com o militar, que reconheceu o local das entregas, no bairro Jardim Europa, em São Paulo. O depoimento embasa acusação apresentada Ministério Público Federal contra Yunes e outros aliados de Temer, que são apontados como arrecadadores de propina para o emedebista. No último mês, o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria da República em Brasília, acusou os principais amigos do presidente de atuar como arrecadadores de propina para ele. Apontados como membros do chamado "quadrilhão do PMDB", na definição do próprio MPF, o advogado José Yunes, ex-assessor especial da Presidência da República, e José Baptista Lima Filho, coronel aposentado da Polícia Militar de São Paulo, viraram réus por decisão do juiz federal Marcus Vinicius Reis, da 12ª Vara da Justiça Federal, em Brasília. A partir das delações e dos demais elementos do conjunto probatório, procuradores acusam Yunes de ser o responsável, por mais de uma vez, pela receptação de dinheiro ilícito e posterior repasse para membros do MDB. Em uma dessas ocasiões, segundo relato de delação premiada, a Odebrecht entregou ao advogado um pacote de dinheiro fruto de pagamentos combinados em reunião, realizada com a devida antecedência com o próprio Temer, no Palácio do Jaburu (residência oficial da Vice-Presidência da República). A verba ilícita se prestou ao financiamento de campanhas em 2014, ainda segundo a acusação. O próprio Yunes admitiu, em depoimento a procuradores e membros da Polícia Federal, ter recebido o pacote em seu escritório em São Paulo, mas sem saber o que havia em seu interior. O advogado disse também desconhecer o remetente e a destino da encomenda, e que a repassou a Lúcio Funaro. Apontado como operador do MDB em esquemas de corrupção, Funaro, que ficou preso entre junho de 2016 e dezembro de 2017, envolveu Temer não apenas nessa investigação, mas também naquela que o apura a acusação de propina para assinar o Decreto dos Portos. Segundo Funaro, em delação premiada, de fato houve a operação relatada por Yunes. O operador do MDB também disse ter recebido a informação de que o deputado cassado Eduardo Cunha (MDB-RJ), preso em decorrência da Operação Lava Jato e também denunciado por envolvimento no "quadrilhão do PMDB", determinou a um de seus assessores a que pagasse propina a Temer por meio de José Yunes.
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