[caption id="attachment_233855" align="alignleft" width="340" caption="Governador fará tratamento por até oito meses"]

[fotografo]Fernando Frazão/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), realiza tratamento contra linfoma não-Hodgkin, espécie de câncer ósseo no sistema linfático que abala o sistema imunológico. O diagnóstico foi anunciado em entrevista coletiva realizada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul do estado. O peemedebista falou à imprensa acompanhado da primeira-dama, Maria Lúcia Horta Jardim, e do oncologista Daniel Tabak, que prestou informações sobre o caso. Segundo o especialista, o tratamento deve durar entre seis e oito meses.
Pezão será submetido ao tratamento a partir desta sexta-feira (25), depois de uma etapa de preparação clínica, e terá alta na próxima terça-feira (28), quando fará 61 anos de idade. Serão ciclos de tratamento com intervalos de 21 dias entre cada um, devido aos efeitos da quimioterapia. Serão realizados entre cinco e oito ciclos de quimioterapia. O governador ficará 30 dias afastado de suas funções.
"A gente está em um momento difícil no país. E a gente vinha tomando várias medidas. Fiquei feliz nesta semana em ver o acordo da Dilma, em que a gente vinha trabalhando há mais de um ano junto com vários governadores. Trabalhamos muito para isso, e isso vai ajudar muito os estados. Vou ficar 30 dias fora, a princípio", declarou o governador, referindo-se ao projeto de lei que estenderá em 20 anos o prazo para a
quitação de dívida de estados com a União.
Pezão demonstrou otimismo em relação ao tratamento. "Tem coisas piores na vida. Há coisas que Deus dá pra gente porque sabe que somos capazes de carregar. Sei que vou passar por isso e vou acabar mais forte" sentenciou, agora na luta contra um mal similar ao que acometeu a presidente Dilma Rousseff, em 2009, quando a petista era ministra da Casa Civil - o câncer linfático de Dilma estava localizado nas axilas.
Segundo a equipe médica que acompanha Pezão, é comum o comprometimento da estrutura óssea dos pacientes de linfoma não-Hodgkin. No caso do governador, duas vértebras sofreram danos. No entanto, segundo Tabak, não houve "comprometimento volumoso de linfonodomegalias" - aumento do diâmetro dos linfonodos, componentes do sistema imunológico. "Não atingiu nenhum órgão crítico, por isso temos uma perspectiva boa. Mais de 70% dos pacientes ficam curados com este tipo de tratamento", acrescentou o médico.
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