[caption id="attachment_274265" align="alignleft" width="390" caption="Senadores da oposição não querem mais reconhecer Renan como presidente da Casa"]

[fotografo]Marcos Oliveira/Agência Senado[/fotografo][/caption]Os senadores do bloco de oposição no Senado decidiram, em reunião no início da tarde, que não aceitam outra solução para a crise política gerada pelo afastamento do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), que não seja o cumprimento da decisão liminar do ministro Marco Aurélio Mello que afastou o parlamentar das funções. A bancada defende que o primeiro vice presidente da Casa, Jorge Vianna (PT-AC), assuma o cargo e redefina a pauta de votações definida pelo colégio de líderes há uma semana.
"O presidente do Senado é o senador Jorge Vianna e não há o que discutir isto", disse o senador
Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Renan passou toda a manhã reunido com o ex-presidente José Sarney na residência oficial. Chegou ao gabinete no final da manhã acompanhado de Jorge Vianna, que também participou da reunião com Sarney, e assessores. Até o início da tarde Renan não tinha assinado a notificação com a decisão de Marco Aurélio, e deixou o oficial de justiça Wessel Teles esperando na recepção do gabinete toda a manhã e até o in´picio da tarde. "Não há clima para votar nada. Propomos suspender os trabalhos e aguardar a decisão do plenário do Supremo sobre o caso Renan", disse o líder da minoria,
Lindbergh Farias (PT-RJ).
Senadores de oposição que são contra a emenda do teto de gastos da União, Estados e municípios defendem que uma nova reunião do colégio de líderes, desta vez coordenada por Jorge Vianna empurre para o próximo ano a votação em segundo turno da emenda do limite de gastos. Esta medida, já aprovada pela Câmara, é a principal proposta do governo para o ajuste fiscal.
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