[caption id="attachment_101611" align="alignleft" width="319" caption="Em Brasília, manifestação deste sábado reuniu cerca de 60 pessoas"]
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[fotografo]Marcello Casal Jr./ABr[/fotografo][/caption]O presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), enfrentou hoje (23) protestos em algumas das principais cidades do país. Em São Paulo, cerca de 250 pessoas percorreram a Avenida Paulista pedindo a saída do senador da presidência da Casa por causa das denúncias que há contra ele. A manifestação chegou a causar quase 2 km de congestionamento.
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Em Brasília, aproximadamente 60 manifestantes foram do Museu da República até o Congresso Nacional com cartazes e faixas pedindo o afastamento do peemedebista. Também houve protesto contra Renan em outras cidades, como Rio de Janeiro, Curitiba, Recife, Fortaleza, Goiânia, Lins (SP) e Ribeirão Preto (SP). A mobilização foi convocada pelas redes sociais e deve se repetir amanhã em mais de 30 cidades brasileiras e até no exterior. Há convocação para protestos de brasileiros que moram em Lisboa e Dublin, na Irlanda.
Da internet para as ruas
As manifestações nas ruas são desdobramentos da articulação que resultou na coleta de 1,6 milhão de assinaturas por meio de um abaixo-assinado virtual, entregue esta semana a um grupo de senadores que têm posição crítica em relação ao peemedebista. O texto pede a afastamento de Renan e a eleição de um presidente do Senado sem problemas na Justiça.
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Um dos organizadores da manifestação em Brasília, Rogério Salvia, do Movimento contra a Corrupção do Distrito Federal, disse à Agência Brasil que as pessoas estão começando a sair do conforto de suas casas para as ruas protestar, abandonando o chamado "ativismo de sofá". "Nós nos conhecemos pelas redes sociais e tudo é articulado pela internet. Na nossa última manifestação, em 9 de fevereiro, reunimos só 25 pessoas. Hoje deu muito mais gente", comemorou.
Segundo ele, o protesto não é contra a "pessoa" de Renan nem tem motivação político-partidária. "O que a gente quer é que a Presidência do Senado seja ocupada por alguém que tenha a ficha limpa. Não ele, que inclusive responde a processo por peculato", afirma.
Como revelou o
Congresso em Foco, Renan foi denunciado às vésperas de ser eleito presidente do Senado pelo procurador-geral da República por uso de notas frias para justificar a venda de
bois em Alagoas. O senador é acusado de desvio de dinheiro, falsidade ideológica e uso de documento falso. Renan ainda responde a dois inquéritos no Supremo, um por
crime ambiental e outro por tráfico de influência.
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