[caption id="attachment_248446" align="alignright" width="320" caption="Voto-chave no placar sobre a cassação de Cunha, deputada baiana registra presença"]

[fotografo]Wilson Dias/Agência Brasil[/fotografo][/caption]O Conselho de Ética tenta novamente, na tarde desta terça-feira (14), votar o parecer do relator
Marcos Rogério (DEM-RO), que pede a cassação do mandato do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por quebra de decoro parlamentar. Em uma das primeiras decisões desta terça-feira (14),
Marcos Rogério informou que não irá acrescentar ao seu relatório as informações enviadas hoje pelo Banco Central ao colegiado, sobre a existência de recursos fora do Brasil em nome de Cunha e de sua esposa, Cláudia Cruz. O BC estipulou uma
multa de mais de R$ 1,13 milhão para o casal.
O relator explicou que o documento foi enviado após a conclusão da fase de instrução do processo e, em respeito às regras regimentais, não incorporará ao seu parecer as informações do BC. Na sequência, o presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), informou que o relator teria dez minutos para falar, assim como a defesa. Em seguida, finalmente terá início a votação, depois de mais de sete meses de discussões e manobras protelatórias de aliados de Cunha.
Tia Eron presente
Considerada voto decisivo neste processo, a deputada Tia Eron (PRB-BA) já registrou presença. Repórteres a cercaram na chegada, mas a parlamentar não falou à imprensa. O voto da deputada segue em segredo, uma vez que ela não assumiu publicamente nenhuma posição a respeito do assunto. Na última reunião do colegiado a parlamentar foi a única titular que não registrou presença, e sua
ausência foi questionada pelos colegas. Em nota, Tia Eron disse que
não deixará de cumprir seu dever.
O deputado Mandetta (DEM-MS) foi o primeiro suplente do bloco ao qual Tia Eron pertence a registar presença no colegiado. O parlamentar é assumidamente favorável à cassação de Cunha e terá direito a voto caso algum membro titular do bloco não compareça à sessão desta terça-feira.
A votação não foi realizada na semana passada porque o relator pediu um
prazo para analisar o voto em separado apresentado pelo deputado João Carlos
Bacelar (PR-BA), que sugere uma penalidade mais branda ao presidente afastado da Câmara: no lugar da cassação, suspensão por três meses. Para
Bacelar, o relatório não pode ir além da denúncia original, ou seja, deve avaliar apenas se Cunha incorreu em quebra de decoro parlamentar ao dizer na CPI da Petrobras que não tinha conta no exterior.
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