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Congresso em Foco
21/06/2018 | Atualizado às 20h49
<< STF levou 1.183 dias até primeira condenação na Lava Jato. Moro condenou 132 no período << Lavagem de dinheiro e corrupção são os crimes mais comuns entre os atribuídos a parlamentaresPresidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) já havia garantido que o pedido de retirada seria analisado à luz do regimento e da Constituição. A Mesa argumentou que o pedido de retirada de assinaturas foi recusado porque não atingiu o número mínimo de signatários com esse fim. São necessárias ao menos 96 assinaturas para que os nomes sejam excluídos do documento original, 18 acima do número reunido no requerimento contra a criação da CPI. O Regimento Interno da Câmara determina que, para que se desista de um requerimento formalmente, metade mais um dos signatários originalmente dispostos no documento inicial tem que assinar outro requerimento, este de exclusão de nomes. Como o pedido de instalação da CPI alcançou 190 adesões, seriam necessárias 96 assinaturas a favor da exclusão. No documento em que pedem a retirada de assinaturas, deputados alegavam que, segundo o noticiário, a CPI visa "enfraquecer, desestruturar ou mesmo acabar com as investigações no âmbito da Operação Lava Jato". "[...] não pode a Operação Lava Jato, iniciada no âmbito do Poder Judiciário, ser interrompida por qualquer ato do Legislativo", acrescentaram. "Acovardamento" Responsável pela criação da CPI. Paulo Pimenta havia reagido contra a debandada dizendo que seus pares "se acovardaram" (leia nota abaixo). "Mas eles têm que ler o regimento. Não tem como retirar assinaturas agora", reclamou o petista, para quem seria uma vergonha a Câmara desfazer a criação do colegiado. Além do PT, líderes de partidos como MDB, PP e PR, todos alvos da Lava Jato, constam como signatários da CPI. Na última terça-feira (19), o llíder do PP, Arthur Lira (AL), foi um dos que vieram a público negar que a intenção da CPI é intimidar investigadores da Lava Jato. Segundo Lira, o fato motivador da comissão é claro: a investigação do escritório de Figueiredo Basto, suspeito de receber dinheiro para que alguns nomes não fossem citados na delação de Alberto Youssef, um dos primeiros e mais importantes colaboradores do petrolão. Também doleiro, Youssef foi condenado na Lava Jato e chegou a ser preso, mas teve pena reduzida justamente porque fechou acordo de delação. Segundo investigadores do Ministério Público Federal (MPF), Figueiredo Basto e seu sócio, Luiz Gustavo Rodrigues Flores, procuraram extraoficialmente o órgão para admitir que receberam honorários advocatícios de Dario Messer. A despeito do caráter extraoficial da informação, os advogados terão que prestar depoimentos em procedimento investigatório já instaurado. Na mira Base das investigações da Lava Jato, as delações têm recebido críticas de parlamentares, muitos deles às votas com o próprio petrolão, e de integrantes do Judiciário. Durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que resultou na absolvição da senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente nacional do PT, ministros como Ricardo Lewandowski fizeram duras críticas às colaborações homologadas sem prévia apresentação de provas. Para partidos políticos, o instrumento legal tem sido utilizado de maneira forçada. Na sessão de discursos desta quinta-feira (21) em plenário, senadores fizeram uma espécie de ato de desagravo a Gleisi Hoffmann, capitaneados pelo senador Roberto Requião (MDB-PR), e se revezaram em críticas às delações premiadas sem comprovação de acusações. "A Lava Jato não pode tirar a eficácia de normas constitucionais e desconsiderar o direito brasileiro", discursou Requião, no final da manhã desta quinta-feira. Veja a lista de desistentes:
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