[caption id="attachment_244601" align="alignleft" width="285" caption="Ministro do Planejamento e presidente do Senado entre os suspeitos de integrar esquema de pagamento de propina na construção da usina de Belo Monte"]

[fotografo]Geraldo Magela/Agência Senado[/fotografo][/caption]O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, solicitou a Supremo Tribunal Federal (STF) a abertura de inquérito para investigar o ministro do Planejamento Romero Jucá, o presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL) e os senadores Valdir Raupp (PMDB-RO) e
Jader Barbalho (PMDB-PA). Os peemedebistas são suspeitos de integrar um esquema de pagamento de propina na construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
As acusações contra os integrantes da cúpula do PMDB são baseadas em depoimentos prestados pelo ex-senador Delcídio do Amaral e por Luiz Carlos Martins, da construtora Camargo Corrêa. Janot pediu que os quatro sejam incluídos no inquérito que tramita no STF que já apura a suspeita de participação do senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia, com irregularidades na usina.
Em seu acordo de delação premiada, Delcídio informou que ex-ministros operaram um esquema de desvio de recursos das obras de Belo Monte, em que pelo menos R$ 30 milhões em propina foram para os cofres do PT e do PMDB.
Os ex-ministros citados por Delcídio foram Erenice Guerra, Silas Rondeau e Palocci. Segundo o ex-senador, eles movimentaram aproximadamente R$ 25 bilhões e desviaram pelo menos R$ 45 milhões dos cofres públicos para as campanhas do PT e PMDB em 2010 e 2014. Delcídio ainda disse que o grupo de Renan, Raupp, Jucá e Barbalho formava uma forte frente de influência no governo, como no Ministério de Minas e Energia, Eletrosul, Eletronorte, diretorias da Petrobras e usinas de Jirau e Belo Monte.
No pedido de abertura de inquérito, Janot argumenta que as informações dos delatores podem configurar crime de corrupção passiva. Os senadores e o ministro negam qualquer envolvimento com os desvios de recursos.
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