Janot:
[caption id="attachment_271003" align="alignleft" width="300" caption="Janot: "Estamos por vencer o limite dessa corrupção endêmica""]
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[fotografo]Divulgação/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Em resposta às declarações do ex-presidente Lula - que afirmou durante discurso em São Paulo enxergar "um pacto quase diabólico entre a mídia, a polícia federal, o ministério público e o juiz" da
Operação Lava Jato - o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que não é "religioso".
Durante um café da manhã realizado nesta sexta-feira (11), Janot preferiu minimizar as críticas feitas pelo ex-presidente e não prolongou as respostas sobre os ataques feitos por Lula à força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, responsável por investigar as denúncias contra ele. No lançamento da campanha "Um Brasil Justo para Todos e para Lula", na última quinta-feira (10), o petista disse ainda que "mexeram com a pessoa errada", que a operação "mente para a sociedade" e que a força-tarefa tem cometido abusos durante as investigações.
"Não me sinto confortável participando de um ato da minha defesa. Eu me sentiria confortável participando de um ato de acusação à força-tarefa da Lava Jato", ressaltou Lula no ato realizado na Casa Portugal, em São Paulo.
Hoje, Janot defendeu a Lava Jato, mas enfatizou que "não tem herói, santo, que num passe de mágica vai dizer que o Brasil virou um paraíso". Mesmo assim, disse acreditar que a operação tem capacidade para "controlar a corrupção endêmica" que gere os Poderes no Brasil.
"Estamos em um nível que estamos por vencer o limite dessa corrupção endêmica. Temos que cruzar essa linha e dizer: agora vencemos a corrupção endêmica. A corrupção episódica existe no mundo inteiro e vai continuar existindo. A vara está envergada e eu espero que seja sim a Lava Jato que vá quebrar essa vara no sentido de quebrar a corrupção endêmica e sistemática", afirmou.
Janot defendeu ainda o sigilo das investigações. Para ele, o vazamento de informações obtidas pela força-tarefa com as delações premiadas é prejudicial.
"A mobilização da opinião pública tem que ocorrer no caso das modificações legislativas. O vazamento é mais prejudicial à investigação do que ajuda a investigação. O clamor popular não interfere na investigação. O sucesso dessas investigações está no sigilo", explicou o procurador-geral.
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