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Congresso em Foco
30/08/2017 | Atualizado às 09h26
<< Procuradores da República declaram guerra a Gilmar e cobram que Supremo o enquadreDefesa de Raquel Dodge Na avaliação de Janot, as investigações mostraram que debaixo do fundo do poço havia um alçapão. "Antes desses últimos episódios, nós achávamos que já tínhamos chegado ao final do poço, mas entendemos o seguinte: abriu o final do poço, tinha um alçapão; abriu o alçapão, tinha outro poço. Mas, agora, acho que é visível a linha de chegada. Já se sabe até onde vai chegar essa investigação", acrescentou. Embora tenha perfil diferente e tenha apoiado Nicolao Dino na disputa contra Raquel Dodge, Janot defendeu sua sucessora das críticas de que ela poderia abortar a Lava Jato. "(Mudança) de método, pode ser que sim, porque cada um tem seu método de trabalho. Agora, como meta de trabalho, acho que não muda. Todos nós somos formados na escola de Ministério Público, todos temos a mesma formação", declarou. Segundo o procurador-geral, que se despede do cargo no próximo dia 17, a Lava Jato não pertence ao Ministério Público mais. "Esta investigação não é do Ministério Público. É da sociedade brasileira. Existem outros órgãos com autonomia, quadros permanentes e profissionais que atuam nessa investigação. O Judiciário controla essa investigação. A sociedade brasileira está atenta. E, sobretudo, temos uma imprensa livre e muito atuante no Brasil. Não acredito que todos esses atores vão fechar os olhos para um eventual recuo na investigação. Não acredito mesmo", declarou. "A Lava Jato não é de ninguém, hoje é do coletivo. Todo mundo se interessa, todo mundo cobra, todo mundo fala. Eu vejo (a transição na PGR) com naturalidade. Não temo", emendou.
<< Câmara rejeita pedido para investigar Temer"Faria tudo de novo" Ainda em sua participação no seminário "E agora, Brasil?", organizado pelo Globo, Janot rebateu as críticas aos termos do acordo de delação premiada com os executivos da JBS. Segundo ele, a imunidade penal garantida aos delatores não se estende a eventuais crimes que não foram citados no documento assinado pela PGR. "Hoje faria tudo da mesma maneira. Em todas as outras colaborações, os colaboradores nos dão ciência de ilícitos cometidos. Essa era sobre ilícitos em curso, praticados por nada mais, nada menos que o presidente no exercício da Presidência da República. Um senador que teve 50 milhões de votos na última disputa pela Presidência (Aécio Neves), um deputado federal (Rodrigo Rocha Loures) e um colega infiltrado (o procurador Ângelo Goulart Villela). Tomando conhecimento disso, eu vou dizer: 'Não vou (assinar a delação), porque não concedo imunidade, e vou deixar que os ilícitos continuem acontecendo, ou vou conceder imunidade e fazer cessar a pratica desses ilícitos?'. Ponderei e optei por atender ao que era de interesse público", justificou. Janot prepara segunda denúncia contra Michel Temer. A primeira, por corrupção, foi barrada pela Câmara. Além dos depoimentos dos executivos da JBS, ele deve incluir informações da delação do doleiro Lúcio Funaro, entregue por ele ontem ao ministro Edosn Fachin, relator da Lava Jato, para homologação.
<<Delação de Funaro mira Temer e uma dezena de deputados do PMDB
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