[caption id="attachment_99760" align="alignleft" width="285" caption="Marco Maia transfere o cargo a Henrique Alves: deputado chega ao posto máximo da Casa após 42 anos de mandato"]
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[fotografo]Alexandra Martins/Ag. Câmara[/fotografo][/caption]O peemedebista Henrique Eduardo Alves (RN) será o novo presidente da Câmara para o biênio 2013/14. Ele foi eleito nesta segunda-feira (4) com 271 votos dos deputados. Seus adversários -
Chico Alencar (Psol-RJ), Júlio Delgado (PSB-MG) e Rose de Freitas (PMDB-ES), somaram 223 votos. No total, votaram 497 dos 513 deputados. Com a declaração
Da Vitoria do peemedebista, serão anunciados os outros membros da Mesa Diretora.
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'Não perca nunca a humildade, não perca nunca a identidade com os deputados", afirmou o deputado Marco Maia (PT-RS), que deixa a presidência neste momento. Desde o início da disputa, Henrique era considerado o favorito pelos colegas. Seu desempenho, no entanto, ficou abaixo do esperado pelos seus apoiadores. A expectativa é que ele tivesse pelo menos 300 votos.
O número mínimo para ele vencer no primeiro turno era de 249 votos. O peemedebista, então, teve 22 a mais que o necessário. Júlio Delgado foi seu principal adversário. O deputado do PSB, que ontem tinha a convicção de que haveria segundo turno, conseguiu o apoio de 165 deputados. Rose de Freitas, prejudicada com a escolha de Eduardo Cunha (RJ) para líder do PMDB, acabou com 47.
Chico Alencar obteve 11.
No seu discurso antes da votação, Henrique Alves disse que a Casa é a "mais injustiçada" entre todos os poderes da República. Apelando para temas sensíveis aos deputados, ele defendeu o orçamento impositivo, em especial relacionado às emendas parlamentares, a análise de vetos presidenciais e uma distribuição mais proporcional das relatorias das medidas provisórias.
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Seus adversários na disputa, em especial Júlio Delgado e Rose de Freitas, apostavam nos dissidentes entre os partidos que formalizaram apoio ao peemedebista. Dentro do PT, por exemplo, estimava-se que até 25 deputados poderiam votar nos outros candidatos. No entanto, isso acabou não se concretizando de forma a gerar o segundo turno.
Adversários apostam em dissidentes contra Henrique
Denunciado por improbidade administrativa, Henrique foi condenado em 2011 pela Justiça do Rio Grande do Norte, em primeira instância, a ter seus direitos políticos suspensos por três anos por uso de recursos públicos para promoção pessoal em campanhas publicitárias do governo estadual. O deputado recorre da decisão. O jornal
O Estado de S.Paulo informa que ele é alvo de outro processo por improbidade administrativa e enriquecimento ilícito.
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