[caption id="attachment_237709" align="alignright" width="285" caption="Waldir Maranhão está sob fogo cruzado no partido"]
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[fotografo]Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]Após a decisão monocrática de
Waldir Maranhão (PP-MA), atual presidente da Câmara, em anular as sessões que determinaram a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma na Casa, parte de seu partido, o PP, atual aliado de Michel Temer, pediu o afastamento dele da legenda - e consequentemente da cadeira da presidência. A pressão interna, porém, fez com que Maranhão
revogasse de sua própria decisão. Sendo assim, o presidente do partido, senador
Ciro Nogueira (PI), já se posicionou contra a medida extrema contra Maranhão.
Grande parte dos 47 deputados do PP esteve reunida na Câmara na manhã desta segunda-feira (10) para decidir o futuro de Maranhão, que não esteve presente. A decisão será oficialmente formalizada às 17h, durante o encontro da Executiva Nacional da legenda.
A ala do PP que defende a expulsão do presidente interino da Câmara alega que Maranhão é reincidente, já que votou contra o impeachment de Dilma na Câmara, contrariando a orientação partidária. Segundo
Julio Lopes (RJ), o colega de partido cometeu um "atentado contra o partido e contra a democracia" ao decidir sozinho sobre a anulação das sessões do impeachment.
O senador
Ciro Nogueira, por sua vez, entende que, como Maranhão reviu seu ato, revogando-o no mesmo dia, não há necessidade de uma medida extrema contra o parlamentar. "Não defendo a expulsão", disse o senador ressaltando que respeitará a posição da Executiva Nacional do PP.
A terceira possibilidade de punição a Maranhão seria uma "saída negociada", proposta pelo líder do partido na Câmara,
Aguinaldo Ribeiro (PB). Para ele, seria uma possibilidade o parlamentar renunciar ao posto de primeiro vice-presidente da Câmara. Para Ribeiro, convencer Maranhão de sair por conta própria seria a melhor possibilidade para manter o "funcionamento da Casa".
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