[caption id="attachment_221965" align="alignleft" width="380" caption="Cacique: intenção do comando peemedebista é evitar governistas"]

[fotografo]Antonio Cruz/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Sob a coordenação do vice-presidente da República, Michel Temer, que também preside o partido, a comissão executiva nacional do PMDB vai se reunir nesta quarta-feira (16) e deve baixar resolução limitando filiações de deputados. O objetivo é evitar que a transferência de congressistas de outras legendas para o partido mude a correlação de forças entre os dois grupos da bancada pró e contra impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A reunião foi proposta pela ala da bancada pró-impeachment. O grupo quer evitar que, com a filiação de novos deputados, o líder destituído Leonardo Picciani (RJ) consiga número de assinaturas suficientes para reivindicar o retorno ao cargo, hoje ocupado pelo deputado Leonardo Quintão (MG). "Vamos acabar com o partido motel", disse ao
Congresso em Foco o deputado Lucio Vieira Lima (BA).
O receio da ala oposicionista do partido tem razão. Logo após a saída de Picciani do cargo, o antigo líder se articulou com o Palácio do Planalto para filiar deputados amigos ao PMDB, voltar a ter maioria na bancada e retomar a liderança.
O próprio Michel Temer anunciou há cinco dias que iria determinar à executiva da legenda o cancelamento de filiações patrocinadas por Picciani. Hoje a Executiva vai formalizar a decisão e criar um mecanismo que exigirá a avaliação do deputado que pretenda se filiar ao PMDB.
A ideia da resolução vem à tona uma semana depois da divulgação da
carta em que Temer diz se sentir um "vice decorativo" e reclama do fato de nunca ter merecido a confiança da presidente Dilma Rousseff. Hoje (terça, 15), os ares de divórcio entre Dilma e Temer ganharam força com execução, pela Polícia Federal, de
mandados de busca e apreensão nas residências de ministros e parlamentares do PMDB, entre eles o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (RJ).
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