[caption id="attachment_248185" align="alignleft" width="285" caption="Delfim Netto foi ministro da Fazenda no período do regime militar"]
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[fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]O ex-ministro da Fazenda do Regime Militar Delfim Netto foi intimado para prestar esclarecimentos à Polícia Federal no âmbito da
Operação Lava Jato. A intimação determina que Delfim apresente documentos comprovando os serviços prestados por ele à Odebrecht e que justifiquem o pagamento de R$ 240 mil, entregues em espécie ao sobrinho do ex-ministro, Luiz Apollonio Neto.
A audiência ainda não tem data definida ara acontecer. Delfim foi citado na delação premiada do ex-executivo da Andrade Gutierrez Flávio Barra, homologada em abril pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No depoimento, Barra afirmou que a empreiteira teria pago propina de R$ 15 milhões a Delfim na fase final das negociações para construção da Usina de Belo Monte em 2010.
Defesa
O dinheiro seria uma "gratificação" ao ex-ministro, que teria ajudado a montar consórcios que disputaram a licitação para a obra da hidrelétrica. Ainda segundo a delação, a propina teria sido paga a Delfim por meio de contratos fictícios entre a Andrade Gutierrez e empresas de Apollonio Neto.
A defesa de Antônio Delfim Netto contestou "de maneira veemente" que o ex-ministro tenha cometido qualquer irregularidade. Em nota à imprensa, os advogados Ricardo Tosto e Maurício Silva Leite afirmaram que Delfim Netto "prestou consultoria na área econômica e recolheu todos os impostos em decorrência da prestação dos serviços".
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