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Congresso em Foco
26/09/2017 | Atualizado às 20h43
<< Leia a íntegra da Carta"Até quando vamos fingir acreditar na autoproclamação do "homem mais honesto do país" enquanto os presentes, os sítios, os apartamentos e até o prédio do Instituto (!!) são atribuídos a Dona Marisa? Afinal, somos um partido político sob a liderança de pessoas de carne e osso ou somos uma seita guiada por uma pretensa divindade?", questiona. No documento de quatro páginas endereçado a presidente da sigla, senadora Gleisi Hoffmann (PR), Palocci ressalta que as informações prestadas em juízo, como a compra do prédio para o Instituto Lula, doações da Odebrecht ao PT, ao Instituto Lula e a Lula, além da reunião com Dilma e Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras, para tratar das sondas, entre outras declarações envolvendo os ex-presidentes petistas, "são absolutamente verdadeiras". "São situações que presenciei, acompanhei ou coordenei", diz em trecho da carta. Em depoimento a Moro, no dia 6 de setembro, Palocci se tornou o primeiro petista a imputar crimes de corrupção ao ex-presidente Lula. Entre outras coisas, disse que o ex-presidente fez um "pacto de sangue" com a cúpula da Odebrecht em troca do repasse de R$ 300 milhões para o PT.
<< Palocci diz a Moro que Lula recebeu propina de R$ 4 milhões e que PT tinha "pacto de sangue" com OdebrechtO ex-ministro de Lula diz ter visto o petista sucumbir ao pior da política no melhor momento de seu governo. De acordo com ele, o segundo mandato de Lula foi o que mais houve acordos e negociatas escusas. "Sei dos erros e ilegalidades que cometi e assumo minhas responsabilidades. Mas não posso deixar de destacar o choque de ter visto Lula sucumbir ao pior da política no melhor dos momentos de seu governo. [...] "O cara" nas palavras de Barack Obama, dissociou-se definitivamente do menino retirante para navegar no terreno pantanoso do sucesso sem crítica, do "tudo pode", do poder sem limites, onde a corrupção, os desvios, as disfunções que se acumulam são apenas detalhes, notas de rodapé no cenário entorpecido dos petrodólares que pagarão a tudo e a todos", diz em trecho do documento. O ex-ministro está detido na carceragem da Polícia Federal (PF) de Curitiba. Ele já foi condenado em uma ação penal da Lava Jato a 12 anos de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Para a defesa de Lula, é justamente o fato de estar preso que faz Palocci, supostamente sob pressão, a delatar Lula com informações falsas. "Me vejo diante de um tribunal inquisitorial dentro do próprio PT", diz sobre o processo ético aberto contra ele pela legenda. "Coordenei várias campanhas eleitorais, em vários níveis e pude acompanhar de perto a evolução de nosso poder e nossa deterioração moral". Palocci finaliza o texto concluindo que continua a apoiar a proposta de leniência do PT, bem como esclarecer e depor perante o partido sobre todos esses tema após os prazos legais de sigilo quanto ao seu acordo de colaboração com a Justiça. "Aceitarei qualquer penalidade aprovada. Mas ressalto que não posso fazê-lo neste momento e neste formato proposto pelo partido onde quem fala a verdade é punido e os erros e ilegalidades são varridos para debaixo do tapete", finaliza.
<< Pacto de sangue por R$ 300 milhões, trama contra a Lava Jato e muito mais: a íntegra do depoimento de Palocci
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