[caption id="attachment_184178" align="alignleft" width="285" caption="Para Eduardo Cunha, gravação deve ser investigada pela Polícia Federal"]
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[fotografo]Gustavo Lima/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]Líder do PMDB e candidato apontado como favorito na disputa pela presidência da Câmara, Eduardo Cunha (RJ) afirmou nesta terça-feira (20) ser alvo de uma "nova
alopragem". Segundo o peemedebista, uma gravação foi forjada tentando ligá-lo às denúncias reveladas na Operação Lava Jato. Ele levou o caso ao Ministério da Justiça, que determinou à Polícia Federal "apuração e providências cabíveis".
Na gravação de pouco mais de três minutos, dois homens conversam por telefone. O primeiro, um suposto policial federal, diz que já foi chamado para explicar o caso e que, se ficar abandonado, vai "jogar m. no ventilador". Ele ameaça divulgar nomes caso não receba dinheiro. "Estou abandonado e duro", afirmou. O outro interlocutor responde para ele não se preocupar "com a questão financeira".
Em conversa com jornalistas no início da tarde, Cunha disse ser alvo de uma nova alopragem. A primeira foi quando foram publicadas reportagens sobre seu suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef. Em uma das matérias, é dito que o policial federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o Careca, teria entregue dinheiro de propina ao peemedebista por ordem de Youssef.
Ele informou que acionou o Ministério da Justiça para que providências fossem tomadas. Em nota, a pasta disse que recebeu a gravação na manhã de hoje "sobre suposta gravação envolvendo o nome do parlamentar". "Imediatamente, o ministro em exercício, Marivaldo Pereira, encaminhou o material para apuração e providências cabíveis da Polícia Federal."
Depois da conversa com jornalistas, Cunha usou sua conta no Twitter para negar que a gravação tenha sido montada por integrantes do governo. "Se tivesse a certeza de que era o governo teria procurado direto o MP e não o governo", afirmou o peemedebista em uma das mensagens.