[caption id="attachment_104478" align="alignleft" width="290" caption="Dilma promulgou trechos antes vetados que mudam a distribuição dos lucros do petróleo"]

[fotografo]Antonio Cruz/ABr[/fotografo][/caption]A presidenta
Dilma Rousseff promulgou na noite desta quinta-feira (14) a nova redação da Lei dos
Royalties (12.734/12) após ter recebido, pela manhã, a mensagem informando que o Congresso havia derrubado os 142
vetos presidenciais relativos ao texto. Depois da comunicação, ela tinha
48 horas para promulgar as rejeições ou deixar a responsabilidade para o presidente do Congresso,
Renan Calheiros (PMDB-AL).
Os trechos anteriormente vetados serão publicados, de acordo com a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, em edição do
Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (15). Com a mudança na lei, Rio de Janeiro e Espírito Santo, estados mais prejudicados com a nova redação, podem entrar no Supremo Tribunal Federal (STF) com ações diretas de inconstitucionalidade (ADI) contestando partes da lei.
Da mesma forma os estados não produtores começam a pressionar o Exeucutivo para receber mais lucros da exploração de petróleo. A partir de dados da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), o
Congresso em Foco calculou que pelo menos
R$ 8,6 bilhões devem entrar no caixa dos estados e municípios. Apesar de todas as perdas, o Rio continuará a ser o maior beneficiário de royalties, segundo os dados da CNM consolidados pelo site.
Pela lei, a União tem sua fatia nos royalties reduzida de 30% para 20%. Os estados produtores terão redução de 26,25% para 20%. Os municípios confrontantes (que fazem divisa com os produtores) sofrerão a seguinte redução: de 26,25% passam para 17% e chegam a 4% em 2020. Os municípios afetados pela exploração de petróleo também sofrerão cortes: de 8,75% para 2%. Em contrapartida, o percentual a ser recebido pelos estados e municípios não produtores saltará de 8,75% para 40%.
Medida provisória
Com a promulgação dos trechos anteriormente vetados, o debate entre estados produtores e não produtores se transfere para a Medida Provisória 592/12, que destina 100% dos royalties das futuras concessões de petróleo para investimentos na área de educação. Para o relator do texto, deputado
Carlos Zarattini (PT-SP), é preciso fazer uma avaliação do que é possível manter no texto.
Para o líder do governo na Câmara,
Arlindo Chinaglia (PT-SP), as prioridades do governo continuam a mesma: 100% dos royalties em concessões fora do pré-sal e 50% dos rendimentos do Fundo Social para a educação e a manutenção do modelo antigo para contratos já assinados entre a União e o estados. "Vamos conversar para que as posições do governo sejam mantidas", disse o petista ao
Congresso em Foco na última terça-feira (12).
Com informações da Agência Brasil
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