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Congresso em Foco
16/12/2017 | Atualizado às 19:50
<< Tragédia de Mariana: moradores sofrem com depressão e outros problemas de saúde << MPF denuncia 22 pessoas por homicídio doloso em tragédia de Mariana"Com a passagem da lama, que veio de uma vez com muita energia e grande volume, o movimento revolveu o fundo do leito do rio. É como se tivesse acordado um monstro", explica o perito criminal federal Marcus Vinícius Andrade, que chefiou a equipe que fez a coleta de provas e coordenou os laudos da investigação. "Até hoje, em vários pontos, temos um nível alto de poluentes". O "monstro acordado" pode ser um dos responsáveis pela piora na qualidade da água dois anos depois do desastre, conforme constatou a Fundação SOS Mata Atlântica. Segundo estudo da entidade, as condições estão ruins ou péssimas em 88,9% dos 18 pontos de coleta analisados. Em apenas dois pontos, a qualidade foi apontada como regular (11,1%). A fundação informou que a água apresenta concentrações "elevadas de sólidos em suspensão e metais pesados" como manganês, cobre, alumínio e zinco. O relatório dos peritos criminais federais explicou que "a onda liberada pelo rompimento da barragem, com elevado volume e energia, carreou parte do solo às margens e revolveu sedimentos do fundo do Rio Doce e seus afluentes, suspendendo elementos até então retidos para esses corpos d'água". Foram mais de 330 mil análises de água em laboratórios brasileiros. Os peritos realizaram ainda, na época, 26 coletas em Fundão, com o lançamento de sondas por helicóptero, quando foram encontrados minérios de ferro e manganês. Ao longo do rio, a coleta é feita com equipes em barcos. Desde o ciclo do ouro Segundo Marcus Andrade, esses poluentes que foram suspensos, e que estavam estáveis no fundo do rio, hoje em quantidade muito acima do nível esperado, são o resultado de uma história longa de deposição que vem desde a exploração do ciclo do ouro na região. Não houve elementos para avaliar se alguma parte dessas substâncias é de outras empresas, que também jogam materiais no Rio Doce, antes, durante ou depois do desastre. O perito aponta que, antes do desastre, a maioria dos pontos dos rios tinha qualidade média ou boa e utilizável para tratamento de água. "Esse relatório da SOS Mata Atlântica afirma, inclusive, que a maioria dos pontos estava em situação ruim ou péssima, o que impede a captação de água em todas aquelas cidades ao longo do rio."
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