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[caption id="attachment_255330" align="alignleft" width="300" caption="Deputados apresentam "Pódio da Cumplicidade" com "protetores" de Eduardo Cunha"]
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[fotografo]Luma Poletti/Congresso em Foco[/fotografo][/caption]Deputados do Psol apresentaram na manhã desta quarta-feira (3) o "Pódio da Cumplicidade", na modalidade "prote(la)ção" ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Os "medalhistas" da categoria são o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), o presidente interino Michel Temer e "líderes omissos". Segundo o líder do partido,
Ivan Valente (SP), "há uma cumplicidade, um conluio, uma disputa para saber quem protege mais Eduardo Cunha".
O Psol e a Rede são as legendas responsáveis pela representação que pede a cassação do mandato de Cunha, já
aprovada pelo Conselho de Ética. Rodrigo Maia disse na sessão de ontem (terça-feira, 2), que
lerá na próxima segunda-feira (8), em plenário, o parecer do colegiado. A leitura é o primeiro passo antes da votação no plenário. Pelo regimento da Casa, uma vez lido o parecer, a cassação entra na pauta após 48 horas, abrindo a possibilidade de votação ainda na quarta-feira (10). Para a perda de mandato de Cunha ser aprovada são necessários pelos menos 257 votos.
O processo está pronto para decisão antes do recesso de julho e tramita na Casa desde novembro de 2015. Desde que foi eleito, Maia tem evitado se posicionar sobre a data de votação. Todas as vezes que foi questionado a respeito, Maia limitou-se a dizer que colocaria a cassação de Cunha em votação quando tivesse a "casa cheia", com pelo menos 400 parlamentares em plenário. Apesar de negar que a matéria seja um tabu, Rodrigo Maia afirmou que, agora, a prioridade de votação da Câmara é o projeto da renegociação da dívida dos estados,
adiado para a próxima semana, ainda sem data definida.
Para os parlamentares da bancada do Psol, Maia não se movimento porque estaria sendo ameaçado por seu antecessor. Os deputados acusam Michel Temer e aliados de Cunha de trabalhar nos bastidores para que a cassação do peemedebista só seja votada
depois do impeachment ou até mesmo depois das eleições municipais deste ano.
"Eles não querem a cassação de Eduardo Cunha agora porque ele pode abrir o jogo, ou seja, fazer uma delação premiada ou sair atirando. Isso pode atingir diretamente o coração do governo, o próprio presidente interino e vários líderes e parlamentares que foram sustentados por ele, financiados, cooptados ou intimidados por Eduardo Cunha", disse
Ivan Valente. "É insustentável, inaceitável essa situação de cinismo e cumplicidade", completou.
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