[caption id="attachment_185904" align="alignright" width="285" caption="Segundo Pepe Vargas, a criação de uma nova CPI não preocupa o governo"]

[fotografo]Wilson Dias/Agência Brasil[/fotografo][/caption]A condução forçada do tesoureiro nacional do PT, João Viccari Neto, para prestar depoimento na Polícia Federal não cria constrangimento para o governo. Pelo menos esta é a opinião do ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas. Após a posse do ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Mangabeira Unger, nesta quinta-feira (5), ele disse que é preciso esperar os desdobramentos da investigação conduzida pelo Ministério Público Federal.
"Para o governo não cria constrangimento algum. Se houver algum envolvimento de alguma pessoa do PT, o PT ter que tomar as atitudes que tem de ser tomadas. Vamos aguardar o desdobramento desse episódio", afirmou Pepe Vargas após a posse. Ele foi o único ministro a se pronunciar sobre o caso até o momento. Vaccari foi conduzido para prestar depoimento por conta da possível relação entre o esquema de propinas na Petrobras e doações para partidos políticos.
Na visão do ministro, a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras na Câmara não preocupa o governo. Ele voltou a dizer que as CPIs perderam protagonismo e avaliou que elas têm sido usadas como instrumento de disputa política. O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), leu hoje (5) no plenário o ato de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras.
Para Vargas, órgãos como o Ministério Público Federal, a Controladoria-Geral da União e a Polícia Federal têm sido mais efetivos no combate a crimes contra a administração pública. "Sempre disse que as comissões parlamentares de inquérito, em função do novo protagonismo dos órgãos que combatem a corrupção, perderam aquele protagonismo que tinham no passado, até porque as regras agora são diferentes. Uma pessoa pode chegar lá para o depoimento, ficar calada e não acontece nada", disse. "Não temos problema nenhum com órgão nenhum que queira fazer isso [investigar]. O que acontece é que as CPIs têm servido mais como um instrumento de disputa política do que para efetivamente fazer investigação", acrescentou Pepe Vargas.
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Com informações da Agência Brasil