[caption id="attachment_229426" align="alignright" width="360" caption="Operação Lava Jato inviabilizou permanência de Delcídio à frente da CAE"]

[fotografo]Pedro França/Agência Senado[/fotografo][/caption]O senador Delcídio do Amaral (PT-MS) renunciou nesta terça-feira (1º) à presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, um dos mais importantes colegiados da Casa. Coube ao senador
José Medeiros (PPS-MT) ler em plenário ofício subscrito pelo senador, que pediu
licença de 15 dias do mandato e esteve preso por quase ter meses em Brasília, sob acusação de ter tentado atrapalhar as investigações da
Operação Lava Jato.
"Considerando a necessidade de preparar meu retorno à base eleitoral que represento, concentrar-me na defesa junto ao Conselho de Ética e ao restabelecimento pleno da minha saúde, deixo a Presidência da Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado Federal. Sendo o que se apresenta para o momento, renovo os meus protestos de elevada estima e consideração", diz o ofício assinado pelo petista, que também enfrenta processo por quebra de decoro parlamentar no Conselho de Ética do Senado.
Com a vacância agora oficialmente declarada, a CAE deve conclamar nesta quarta-feira (2) uma presidente para o colegiado. No início de fevereiro, a primeira reunião da bancada do PT no Senado, que tem o direito de indicar o sucessor de Delcídio, definiu
Gleisi Hoffmann (PR) para o posto. A senadora paranaense também é investigada na Lava Jato, e tem negado qualquer relação com o esquema de corrupção descoberto pela Polícia Federal na Petrobras.
Nos quase três meses em que esteve preso, Delcídio gozou de licença especial que lhe assegurou o recebimento de verbas parlamentares e demais benefícios inerentes ao cargo. Nos termos do Regimento Interno do Senado, tal licença é concedida nas hipóteses em que o parlamentar é alvo de procedimento investigatório no Supremo Tribunal Federal (STF), preservando-se o mandato. Segundo a determinação de
soltura expedida em 19 de fevereiro pelo ministro Teori Zavascki, responsável pelas investigações da Lava Jato no STF, Delcídio poderá trabalhar normalmente no Congresso, mas deve retornar para sua residência à noite e lá permanecer em feriados e fins de semana.
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