[caption id="attachment_275600" align="alignleft" width="390" caption="Acompanhado de Renan e Temer, Eunício desponta como favorito para comandar o Senado"]
Eunício Oliveira_Marcelo Camargo/Agência Brasil" src="https://static.congressoemfoco.com.br/2016/12/Eunício.jpg" alt="" width="390" height="270" />[fotografo]Marcelo Camargo/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Em meio a uma
crise política sem precedentes e que envolve diretamente o Legislativo, os senadores já tratam da sucessão do atual presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL). Um almoço no gabinete do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) nesta terça-feira (13) selou o apoio dos tucanos à candidatura do líder do PMDB na Casa,
Eunício Oliveira (CE), para o lugar de Renan nas eleições internas marcadas para o dia 2 de fevereiro.
Convidado especial para a reunião semanal da bancada do PSDB,
Eunício Oliveira prometeu aos senadores da legenda a ocupação dos cargos de direção do Senado, seguindo a proporcionalidade do tamanho de cada bancada. "Ele tem um bom diálogo conosco e nos interessa compor a Mesa Diretora", disse um senador tucano ao
Congresso em Foco.
No almoço, o presidente nacional do PSDB,
Aécio Neves (MG), discursou em nome do partido e garantiu o apoio da sigla a Eunício. Para aderir à candidatura do líder do PMDB, os tucanos querem, além de compor a Mesa Diretora, a definição com antecedência a pauta de projetos a serem votados na semana ou no mês em questão, além de evitar votações à noite, entre outras regras de funcionamento do Senado.
Além do PSDB, Eunício já recebeu a promessa de pelo menos outros quatro partidos, entre eles PT, PSB e PDT, que fazem oposição ao governo que o líder do PMDB apoia. Senadores petistas aceitam a candidatura de Eunício, desde que a composição da Mesa Diretora obedeça à proporcionalidade das bancadas na Casa. Foi esse critério que levou o petista Jorge Viana (AC) a ocupar a vice-Presidência do Senado, por ser integrante da segunda maior bancada.
À prova de crise
Nem mesmo o vendaval político causado pelo
depoimento do ex-diretor da empreiteira Odebrecht Cláudio Mello Filho, que apontou dezenas de políticos que receberam propina da companhia, entre eles o presidente Michel Temer e o próprio Eunício, interrompeu a campanha interna do líder do PMDB e o fechamento de alianças com outros partidos. A candidatura de Eunício é apoiada pelo presidente Michel Temer, presidente nacional licenciado do partido.
A campanha de Eunício é antiga. Tesoureiro do partido há mais de dez anos, ele acertou internamente na legenda, ainda em 2015, que seria candidato ao lugar de
Renan Calheiros. O líder acertou sua candidatura com o colega Romero Jucá (RR), atual presidente da sigla e líder do governo no Congresso, em troca de ceder espaço a outros segmentos políticos na direção da legenda.
A campanha de Eunício seguirá durante o recesso parlamentar. Para que a candidatura à Presidência do Senado dê certo, o líder do PMDB precisa, antes, impedir o surgimento de um concorrente do partido ao mesmo cargo que disputa.
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