[caption id="attachment_76691" align="alignleft" width="280" caption="Para Bueno, comissão precisa tomar providências para proteger o magistrado"]
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[fotografo]Diogo Xavier/Agência Câmara[/fotografo][/caption]Os
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deputados Paulo Teixeira (PT-SP) e Rubens Bueno (PPS-PR) e o senador Pedro Taques (PDT-MT) vão apresentar nesta terça-feira (19) dois requerimentos para convidar o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, ex-responsável pelo inquérito da Operação Monte Carlo, para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira. Na última quarta-feira (13), o magistrado pediu afastamento da 11ª Vara Federal em Goiás após relatar ameaças veladas sofridas por familiares.
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"Um juiz federal ser ameaçado é um fato gravíssimo que não podemos aceitar. Pedirei providências para que ele seja protegido", disse o deputado petista, que é vice-presidente da CPI. Já o líder do PPS na Câmara ressaltou que a comissão deve se solidarizar com o juiz e "tomar providências". "Os integrantes da quadrilha são pessoas extremamente perigosas e com um poderio econômico enorme. Não é à toa que muitos dos seus integrantes estão presos preventivamente até hoje. E olha que teve juiz que quis soltar o Carlinhos Cachoeira, que é o chefe da quadrilha", afirmou Bueno.
Como a CPI não terá sessões nesta semana, a votação do requerimento de convocação não tem data para acontecer. De acordo com o jornal
O Estado de S. Paulo, o juiz encaminhou na semana passada um ofício ao corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, Carlos Olavo. No documento, ele afirma não ter mais condições de permanecer no caso por estar em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do estado de Goiás".
Ele relatou que, apesar de seguir esquema rígido de segurança por recomendação da Polícia Federal, sua família foi recentemente abordada por policiais e diz que foi alertado da possibilidade de sofrer represálias nos próximos meses. Com a saída de Moreira Lima, o juiz federal titular da 11ª Vara em Goiás, Leão Aparecido Alves, deveria herdar o comando do processo. No entanto, ele se declarou impedido na manhã de hoje por sua relação de amizade com José Olímpio de Queiroga Neto, suspeito de integrar a quadrilha de Carlinhos Cachoeira.
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