[caption id="attachment_76061" align="alignright" width="280" caption="Sessão administrativa da CPI do Cachoeira ainda deve votar convocação do ex-presidente da Delta. Foto: Saulo Cruz/Agência Câmara"]
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A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira aprovou nesta quinta-feira (14) a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telefônico dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), e de Goiás, Marconi Perillo (PSDB). Ao votar os requerimentos, a CPI formaliza os pedidos feitos ontem (13) pelos governadores.
Agnelo provocou a reação de Perillo ao colocar à disposição os dados de forma voluntária.
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Apesar dos dois autorizarem a quebra dos sigilos, a
CPI precisa votar e aprovar os requerimentos para ter acesso às informações. Somente com a aprovação é que o colegiado pode enviar aos órgãos competentes, como Banco Central e Receita Federal. A quebra dos sigilos dos governadores vai abranger o período de dez anos.
De acordo com o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), foram aprovados até agora 328 requerimentos, 57 sigilos quebrados, 18 pessoas convocadas - entre elas Agnelo e Perillo - e outras três convidadas. A comissão foi criada em abril para investigar as relações do bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. É um desdobramento da Operação Monte Carlo, deflagrada pela Polícia Federal em fevereiro.
Na sequência, a CPI vota os pedidos de convocação de Fernando Cavendsih, ex-presidente da Delta Construções, e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT) Luiz Antônio Pagot. Depois, o relator da CPI, deputado
Odair Cunha (PT-MG), deve sugerir requerimentos para serem votados.
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