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Congresso em Foco
Autoria e responsabilidade de Mariana Haubert
25/4/2013 | Atualizado 17/8/2013 às 2:23
[fotografo]Pedro França/Agência Senado[/fotografo][/caption]O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), considerou nesta quinta-feira (25) uma "invasão" a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes de suspender a tramitação do projeto que dificulta a criação de partidos políticos (PL 4470/2012). Ele determinou que os advogados da Casa entrem ainda hoje com um agravo de instrumento para que a mais alta corte do país reveja sua decisão.
"O papel do Legislativo é zelar pela sua competência. Da mesma forma que nunca influenciamos em decisões do Judiciário, não aceitamos que o Judiciário influa nas decisões legislativas, de modo que consideramos isso uma invasão. Vamos entrar com o agravo regimental para dar ao STF [a oportunidade] de rever sua decisão", afirmou.
Gilmar Mendes atendeu a um pedido feito pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), que questionava em um mandado de segurança preventivo possíveis inconstitucionalidades da proposta aprovada na Câmara na terça-feira (23). Para o magistrado, houve "possível violação" do direito dos parlamentares de não se submeterem a votação de uma proposta inconstitucional.
No entanto, para Renan, o recurso não agrava a crise institucional entre os poderes. "Sem querer agravar a crise, a separação dos poderes, vamos primeiro entrar com agravo. Não queremos agravar a relação, fazer uma crise. Vamos, portanto, dar uma oportunidade para que ele faça uma revisão da sua decisão. É inconcebível que haja uma tentativa de influir no andamento do processo legislativo". ressaltou.
Segundo o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o STF foi provocado de "forma equivocada". "Não aceitamos essa intromissão na nossa competência, como o Renan. Esta Casa não interfere na maneira de votar dos ilustres ministros do Supremo e não concordamos e aceitamos que interfiram no nosso processo correto, constitucional e regimental, de expressar nossos votos", disse.
Questionado se a decisão do Supremo significava uma retaliação a uma proposta de emenda à Constituição que dá ao Congresso Nacional o poder de contestar as decisões do STF em ações de constitucionalidade (ADC), de inconstitucionalidade (ADI) e súmulas vinculantes, Renan voltou a negar qualquer crise. A PEC foi aprovada ontem pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara. "A decisão foi de uma comissão e não de um poder. A relação entre os poderes não pode se resumir a uma mera questão emocional", afirmou.
A tramitação do projeto fica suspensa, de acordo com Gilmar Mendes, até o julgamento do mérito, que não tem data para acontecer. Isso não deve ocorrer na próxima semana, já que, por causa do feriado do Dia do Trabalhador (1º de maio), o STF não terá sessões plenárias na quarta e na quinta. Em casos envolvendo a análise de propostas no Congresso, como ocorreu no exame dos royalties do petróleo, o STF procura agilizar o julgamento.
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