"Mandaram dois caminhõezinhos três quartos, abastecidos pela metade com arroz e leite em pó, para atender uma população que é de 30 milhões de pessoas. É uma palhaçada, uma falsa promessa. Que ajuda humanitária é essa?"[fotografo]Agência Senado[/fotografo]
[caption id="attachment_229503" align="alignright" width="300" caption="Telmário Motta vai apresentar relatório preliminar na próxima quarta-feira"]

[fotografo]Agência Senado[/fotografo][/caption]O senador Telmário Motta (PDT-RR) foi escolhido há pouco para substituir Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) como relator do processo por quebra de decoro parlamentar aberto no Conselho de Ética contra o ex-líder do governo no Senado Delcídio do Amaral (PT-MS), um dos alvos da Operação Lava Jato. A substituição foi provocada pela defesa do petista, que alegou a falta de isenção do tucano, membro do partido que deu início ao processo, para levar adiante a investigação.
Telmário foi escolhido entre outros dois nomes - Lasier Martins (PDT-RS) e João Capiberibe (PSB-AP). O novo relator adiantou que vai apresentar parecer preliminar do caso na reunião da próxima quarta-feira (9).
No último dia 24, o
Congresso em Foco teve acesso à íntegra do documento entregue pela defesa de Delcídio ao Conselho de Ética. O texto afirma que o congressista agiu como "amigo", e não como senador, ao propor uma rota de fuga e o pagamento de R$ 50 mil mensais ao ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró para que não fizesse acordo de delação premiada.
CAE
Ontem (terça, 1º), Delcídio do Amaral
renunciou à presidência da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, um dos mais importantes colegiados da Casa. "Considerando a necessidade de preparar meu retorno à base eleitoral que represento, concentrar-me na defesa junto ao Conselho de Ética e ao restabelecimento pleno da minha saúde, deixo a Presidência da Comissão de Assuntos Econômicos, no Senado Federal", diz o ofício assinado pelo petista.
Coube ao senador
José Medeiros (PPS-MT) ler em plenário ofício subscrito pelo senador. Depois de passar quase três meses preso em Brasília, Delcídio apresentou
licença de 15 dias do mandato ao ter a determinação de soltura expedida em 19 de fevereiro pelo ministro Teori Zavascki, responsável pelas investigações da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). Delcídio foi permitido a trabalhar normalmente no Congresso, mas deve retornar para sua residência à noite e lá permanecer em feriados e fins de semana.
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