[caption id="attachment_230291" align="alignleft" width="360" caption="Servidor do colegiado protocolou a notificação na tarde desta segunda-feira"]

[fotografo]Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]O corpo técnico do Conselho de Ética da Câmara notificou hoje (segunda, 7) o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), sobre o prazo de 10 dias úteis que ele tem para apresentar sua defesa prévia no processo de cassação que tramita contra ele no colegiado. Esta foi segunda tentativa dos parlamentares. Na primeira vez, na última quinta-feira (3), ao ser avisado de que membros do colegiado estavam à espera, Cunha afirmou que estava em uma reunião e não poderia receber a equipe.
O parecer do deputado
Marcos Rogério (PDT-RO) foi aprovado por 11 votos a 10 na última sessão do colegiado. No texto, o parlamentar pede que as investigações sobre a possível quebra de decoro parlamentar realizada por Cunha continuem. O Conselho de Ética avalia se o peemedebista mentiu à CPI da Petrobras ao afirmar não possuir contas no exterior, informação derrubada após investigações da Operação Lava Jato encontrarem contas abertas na Suíça ligadas ao presidente e a membros da sua família.
Depois de
quatro meses de manobras e protelações, o colegiado aprovou, no dia 2 deste mês, a admissibilidade da representação em que o Psol e a Rede pedem a cassação do mandato do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por quebra de decoro parlamentar. A decisão chegou a esbarrar em um empate, mas o andamento do processo foi aprovado por 11 votos a 10, com voto de minerva do presidente do colegiado, deputado José Carlos Araújo (PSD-BA).
O processo de cassação contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), já é a pauta mais demorada que passou pelo Conselho de Ética desde que foi instituída a exigência de parecer preliminar, em 2011. A tramitação atingiu, nesta segunda-feira, a marca de 92 dias. Ao todo, vinte casos foram analisados pelo Conselho. Até então, o
recorde de lentidão era dos processos contra Rodrigo Bethlem (PMDB-RJ) e Devanir Ribeiro (PT-SP), com 77 dias cada.
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