[caption id="attachment_136542" align="alignleft" width="285" caption="Entrada da Papuda, em Brasília. Penitenciária já abriga o deputado Natan Donadon"]
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[fotografo]Ag. Brasil[/fotografo][/caption]O ex-ministro José Dirceu, o deputado federal licenciado José Genoino, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o empresário Marcos Valério Fernandes estão presos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília. Eles e outros sete condenados no processo do mensalão que tiveram ordem de prisão expedida ontem (15) pelo Supremo Tribunal Federal (STF) foram transferidos para a principal penitenciária do Distrito Federal no início desta noite. Apenas o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato não se apresentou à Polícia Federal. Com dupla nacionalidade, Pizzolato fugiu para a Itália.
Na Papuda, também cumpre pena o primeiro deputado presidiário do país,
Natan Donadon (ex-PMDB-RO), condenado a 13 anos de prisão pelos crimes de peculato e formação de quadrilha. Dirceu e Genoino se apresentaram ontem à noite à PF em São Paulo. Os dois foram conduzidos em um avião da própria polícia para Belo Horizonte, onde outros sete condenados se juntaram ao grupo que desembarcou em Brasília no final da tarde.
A aeronave chegou à capital federal às 17h45. Às 19h, os presos deixaram o terminal aeroportuário em um micro-ônibus com vidros escuros, escoltado por três carros. Outro veículo se desligou do comboio e seguiu em direção à Superintendência da Polícia Federal, onde buscou os ex-tesoureiros do PL Jacinto Lamas e Delúbio Soares (PT).
As duas mulheres presas - a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello e a ex-diretora da SMP&B Simone Vasconcellos - foram conduzidas para a ala feminina. Além de Genoino, Dirceu, Valério, Delúbio e Jacinto, também estão presos na Papuda Cristiano Paz, Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Romeu Queiroz e Ramon Hollerbach. Eles ficarão no complexo presidiário até a definição do local onde cada um cumprirá sua pena.
A defesa de José Genoino foi a primeira a apresentar recurso pedindo o cumprimento da pena em regime semiaberto. O pedido foi feito esta tarde pelo advogado dele, Luís Fernando Pacheco, que contesta a transferência de Genoino, de São Paulo, para Brasília. "Cada minuto no regime fechado, quando ele foi condenado ao semiaberto, representa grave constrangimento ilegal", afirmou o advogado à Agência Estado.
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