[caption id="attachment_235389" align="alignright" width="285" caption="Para alcançar os 342 votos necessários para o processo avançar para o Senado, deputados da oposição lançam mão de táticas que envolvem intimidação e barganhas"]

[fotografo]Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil[/fotografo][/caption]Na corrida do impeachment, deputados da oposição estudam entrar com representação no Conselho de Ética contra parlamentares envolvidos na
Operação Lava Jato, em especial do PP, caso o partido aceite cargos oferecidos pelo governo. Esta seria uma das estratégias do comitê pró-impeachment para alcançar os 342 votos necessários para o processo avançar para o Senado.
De acordo com reportagem publicada pelo jornal
O Globo, para convencer parlamentares indecisos as táticas utilizadas por oposicionistas envolvem intimidação e barganhas. Outra ação pensada pelo grupo é a exposição de pública de deputados que ainda não se posicionaram em relação ao impeachment, divulgado fotos e contatos para que eles sejam pressionados pelos eleitores. Em alguma cidades já está em curso a tática de espalhar outdoors com nomes e fotos dos parlamentares que são contrários ao afastamento da presidente Dilma Rousseff. As ações têm sido realizadas em regiões que são amplamente favoráveis ao impeachment.
Nos estados governados por partidos aliados ao governo o desafio será maior para a oposição. A Bahia é um exemplo. Governada por Rui Costa, os deputados pró-impeachment calculam que dos 39 representantes do estado na Câmara, a maioria estaria contra o processo. "Ninguém quer brigar com o governador, mas tenho perguntado a eles: é melhor divergir do governador ou do povo?" disse o deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA).
Considerado um dos principais adversários de Dilma no Congresso, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também tem trabalhado para alcançar os votos necessário para dar andamento ao processo. Na semana passada, por exemplo, Cunha suspendeu todas as missões oficiais ao exterior entre os dia 15 e 25 de abril, período em que o impeachment deverá ser votado. Isso porque ausências contam pontos para o governo. Cunha também teria prometido apoio ao deputado Jovair Arantes (PTB-GO) na disputa pela presidência da Casa no ano que vem para convencê-lo a aceitar a relatoria do processo na comissão do impeachment.
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