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Congresso em Foco
21/10/2017 | Atualizado às 11h00
<< Temer atuou por interesses de empresas portuárias, diz Funaro; veja o vídeo << "Cunha funcionava como um banco de corrupção de políticos", diz Funaro; veja o vídeo"A afirmação de Funaro é comprovada nas planilhas do operador do ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha apreendidas pela PF. Nelas, há uma indicação de que Masera recebeu R$ 600 mil em setembro de 2014, quando Henrique Alves era presidente da Câmara. Depois que passou a exercer a atividade, o secretário parlamentar da Câmara, na ocasião, aumentou seu patrimônio consideravelmente. Entre um transporte e outro de malotes de dinheiro desviado de órgãos públicos - quando Henrique Alves estava solto -, o homem da mala se dedicava aos prazeres da vida", diz o texto assinado pelo repórter Ary Filgueira. A reportagem lembra que, com a prisão de Henrique Alves em junho, "as propinas minguaram". "A vida de Norton não foi mais a mesma. A situação pode piorar caso a Justiça decida penhorar seus bens para cobrir o desvio dos cofres públicos", aponta a revista, que registra imagens de Norton ostentando bens e hábitos incompatíveis com a renda declarada como funcionário público - entre eles uma casa com piscina de cerca de R$ 2 milhões em condomínio valorizado, um Ford Camaro com valor estimado em R$ 200 mil e uma moto de velocidade na faixa dos R$ 50 mil. "Mesmo com uma renda modesta, ele levava uma vida de luxo. [...] Na época de vacas gordas, dividia o tempo com seu maior hobby, que é o motociclismo, e frequentava festas badaladas na capital federal. Em algumas delas, costumava chegar pelas águas do Lago Paranoá", acrescenta a reportagem. Leia a íntegra O enriquecimento de Henrique Como este site mostrou em 6 de junho, Henrique Eduardo Alves exerceu o mandato de deputado federal por 44 anos ininterruptos. Filho do ex-ministro e ex-governador Aluizio Alves, já falecido, ele chegou ao Congresso em 1971 e de lá só saiu no início de 2015, após perder a disputa ao governo estadual. Com 11 mandatos, ele empata com o ex-presidente da Câmara Ulysses Guimarães (PMDB) na segunda colocação entre os deputados com mais legislaturas. Os dois perdem apenas para o ex-deputado baiano Manoel Novaes, que exerceu 12 mandatos, entre 1933 e 1982, detentor do recorde nacional. Presidente da Câmara entre fevereiro de 2013 e fevereiro de 2015, Henrique Eduardo Alves foi ministro do Turismo nas gestões de Dilma e Michel Temer. Amigo pessoal de Temer, o peemedebista deixou o cargo em junho de 2016 após ser citado na delação do ex-senador e ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado como beneficiário de R$ 1,55 milhão em propina, entre 2008 e 2014. Mas as encrencas contra o ex-deputado de 68 anos não se limitam à suspeita de recebimento de "vantagens indevidas" para a construção de um dos mais belos estádios da Copa de 2014. Ele é réu em pelo menos outras duas ações no Distrito Federal. No primeiro caso é acusado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas em razão de depósito milionário em conta mantida por ele na Suíça. A denúncia é baseada em dados enviados da Europa para autoridades brasileiras. Na conta, que está bloqueada, foram encontrados 800 mil francos suíços, cerca de R$ 2,8 milhões. Em outro processo, também em tramitação na Justiça Federal em Brasília, Henrique Eduardo Alves é acusado de improbidade administrativa. De acordo com a procuradoria, a ação foi proposta em 2004 e apura indícios de enriquecimento ilícito entre os anos de 1998 e 2002.
<< Preso pela PF, Henrique Eduardo Alves foi deputado por 44 anos e responde a outras acusações na Justiça
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