Câmara abre processo contra Laerte Bessa por ofensa a Rollemberg
Congresso em Foco
24/11/2016 | Atualizado às 14h26
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[caption id="attachment_239936" align="alignleft" width="340" caption="Laerte Bessa já responde a outro processo no Conselho de Ética da Câmara"][fotografo]Reprodução[/fotografo][/caption]O Conselho de Ética da Câmara instaurou nesta quarta-feira (23) processo contra o deputado federal Laerte Bessa (PR-DF). O parlamentar usou a tribuna da Câmara para insultar o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), chamando-o de "safado", "bandido", "maconheiro", "frouxo", entre outros termos.
O pedido de abertura de processo contra o parlamentar foi feito pelo PSB na Câmara, assim como adiantou o governador ao Congresso em foco. A bancada decidiu por unanimidade entrar com uma representação no Conselho de Ética pedindo a cassação do mandato de Laerte Bessa por quebra de decoro.
O vice-presidente do Conselho de Ética, deputado Sandro Alex (PSD-PR), sorteou três deputados, dentre os membros do colegiado, para a futura definição do relator: Alberto Filho (PMDB-MA), Carlos Marum (PMDB-MS) e Marcelo Aro (PHS-MG). Se condenado, Bessa pode perder o mandato e ser processado por difamação e danos morais.
Laerte Bessa já responde a outro processo no Conselho de Ética, acusado pelo PT de ofender lideranças da legenda, como os ex-presidentes Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Esse processo já tem parecer do relator, deputado Mauro Lopes (PMDB-MG), recomendando o arquivamento do caso sob o argumento do princípio constitucional da inviolabilidade do parlamentar por suas opiniões, palavras e votos.
O caso
Revoltado por não ter sido atendido pelo governador no último dia 17, no Palácio do Buriti (sede do governo local), Laerte Bessa se revoltou e foi ao plenário da Câmara criticar Rollemberg. "Ele disse que atenderia todo mundo, menos eu. Porque tenho dito verdades nos meios de comunicação", afirmou.
Subindo o tom dos ataques, Bessa disse que "Brasília está abandonada" porque Rollemberg "é vagabundo" e "não trabalha". O deputado federal queria participar de uma reunião entre o governador, deputados distritais e representantes dos sindicatos da Polícia Civil do Distrito Federal que negociam reajustes salariais - já negados pelo Executivo Local, que afirma não ter dinheiro para bancar os aumentos. Veja no vídeo abaixo:
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