Pelo
segundo dia consecutivo, o Senado protagonizou nesta sexta-feira (26) uma sessão de troca de ofensas entre parlamentares. "Desqualificado", "canalha", "hospício" e "burrice infinita" foram algumas das expressões utilizadas pelos senadores no segundo dia do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff. O uso de referências desabonadoras levou o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que comanda o julgamento, a ameaçar fazer utilizar seu poder de polícia diante dos senadores.
Os senadores
Lindbergh Farias (PT-RJ), Ronaldo Caiado (DEM-GO) e
Gleisi Hoffmann (PT-PR),
a exemplo de ontem, protagonizaram os principais. Desta vez, porém, ganharam a companhia do presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), chamado de "canalha" pela petista paranaense fora do microfone. Para baixar a temperatura e evitar que os ataques verbais descambassem para a agressão física, Lewandowski suspendeu a sessão por duas horas.
Veja as principais frases do segundo dia de julgamento:
[caption id="attachment_258559" align="aligncenter" width="550" caption="Lindbergh, que já havia batido boca com Caiado ontem, irritou-se com acusação do colega contra testemunha de defesa de Dilma"]
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[caption id="attachment_258560" align="aligncenter" width="550" caption="Presidente do STF disse que não toleraria mais ataques entre senadores"]
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[caption id="attachment_258561" align="aligncenter" width="550" caption="Presidente do Senado criticou excesso de intervenções dos senadores, mas também perdeu a linha na sequência"]
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"A ideia, Sr. presidente, se nós não encaminharmos diferentemente, é passar para o Brasil e para o mundo, já que o mundo todo está com os olhos debruçados sobre o nosso país, a ideia de que 'V. Exª está sendo obrigado a presidir um julgamento em um hospício"
Renan Calheiros
"Como uma senadora pode fazer uma declaração dessa? Exatamente, Sr. presidente, uma senadora que, há 30 dias, o presidente do Senado Federal conseguiu, no Supremo Tribunal Federal, desfazer o seu indiciamento e do seu esposo"
Renan em alusão a Gleisi Hoffmann e ao seu marido, o ex-ministro e ex-deputado Paulo Bernardo, que chegou a ser preso na Lava Jato
[caption id="attachment_258562" align="aligncenter" width="550" caption=""Não é verdade. Não é verdade, presidente", disse Gleisi ao rebater Renan sobre ajuda no Supremo"]
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[caption id="attachment_258564" align="aligncenter" width="550" caption="Senador reprovou comentários do colega a respeito de Gleisi"]
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Fotos de Geraldo Magela / Agência Senado e Marcelo Camargo/Agência Brasil
Senado suspende julgamento após "hospício" e "burrice infinita"
"Sujo falando do mal lavado", "cheirador", as perólas do início do julgamento de Dilma
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