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Congresso em Foco
17/01/2018 | Atualizado às 09h04
<< Após ameaça do Ministério Público, Temer afasta vice-presidentes da Caixa suspeitos de corrupçãoO documento da apuração interna feita pelo escritório de advocacia foi remetido ao Comitê Independente da Caixa e ao Ministério Público Federal. As informações embasaram o pedido de afastamento apresentado pelo BC e pelo MPF. Além de Derziê, também foram afastados Deusdina dos Reis Pereira (Fundos de Governo e Loterias), José Henrique Marques da Cruz (Clientes, Negócios e Transformação Digital) e Antônio Carlos Ferreira (Corporativo). Eles são citados nas operações Sépsis, Cui Bono? e Patmos, conduzidas pelo Ministério Público em Brasília, suspeitos de auxiliar o grupo de Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima. De acordo com a TV Globo, os responsáveis pela investigação afirmam que Derziê relatou que nunca presenciou irregularidades cometidas no banco, mas ressaltam que encontraram documentos que podem "indicar, pelo menos, o atendimento de pedidos" por parte de Temer e Moreira. Pesa também contra ele o relato do ex-servidor da Caixa Giovanni Alves, que disse que Derziê pediu informações sobre operações do banco para repassar a Moreira Franco. "A Investigação Independente pôde atestar que a relação próxima entre membros da alta administração da CEF e os grupos políticos que lhes dão sustentação acarreta grave risco à CEF", diz o relatório. O Ministério Público informa que Derziê Sant'Anna deu versões diferentes à Corregedoria da Caixa e à investigação independente sobre um apelido encontrado em seus e-mails. De acordo com a apuração independente, o vice-presidente da Caixa afirmou que o apelido "cabeça branca" se referia a Moreira Franco. Mas, segundo o documento, Sant'Anna havia negado à Corregedoria da Caixa que esse apelido se referia ao ministro. "Ao contrário do que realizou em seu depoimento à Corregedoria da CEF, ao ser questionado acerca de e-mails mencionando 'cabeça branca' e 'CB', Roberto Derziê de Sant'Anna prontamente confirmou que se tratava de Moreira Franco, em uma postura bastante diferente da adotada quando do depoimento pela Corregedoria da CEF", diz o relatório. Segundo as investigações, há indícios de uma relação de "proximidade" entre Derziê e Moreira Franco e de repasse de informações do primeiro para o segundo sobre operações em andamento na Caixa. O vice-presidente do banco diz que não se considera indicado ao cargo pelo PMDB, mas admitiu conhecer, além de Moreira Franco e Michel Temer, o ex-ministro Geddel Vieira Lima e o ministro Eliseu Padilha (Casa Civil). Derziê contou que, desde a época em que era vice-presidente da República, Temer "percebeu sua utilidade em termos de gestão dos repasses nas emendas parlamentares". Ele já havia ocupado uma das vice-presidências da Caixa no governo Dilma, mas foi exonerado assim que o PMDB anunciou o rompimento com a petista. Em nota à TV Globo, Moreira Franco afirmou que tem apenas "relação funcional" com Derziê e que não fez pedidos ao vice-presidente afastado da Caixa. Derziê Sant'Anna preferiu não se manifestar.
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