Vídeo: aos gritos de "vergonha", adversários protestam contra Cunha na CCJ
Congresso em Foco
13/07/2016 | Atualizado às 19h49
A-A+
COMPARTILHE ESTA NOTÍCIA
Osmar Serraglio, tido como aliado de Cunha, remarcou votação de parecer que pede anulação da decisão do Conselho de Ética
[caption id="attachment_252668" align="alignright" width="300" caption="Osmar Serraglio, tido como aliado de Cunha, remarcou votação de parecer que pede anulação da decisão do Conselho de Ética"][fotografo]Luis Macedo/Câmara dos Deputados[/fotografo][/caption]O encerramento da sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara no meio da tarde desta quarta-feira (13) gerou bate boca entre os membros do colegiado. Na reunião de hoje estava previsto o debate e a votação do relatório de Ronaldo Fonseca (Pros-DF), que pede a anulação da aprovação do pedido de perda de mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), réu em duas ações da Operação Lava Jato e impedido de exercer suas funções desde 5 de maio, por decisão unânime do Supremo Tribunal Federal (STF).
A alegação para que a sessão da CCJ fosse interrompida tem base regimental, mas é vista como mais uma manobra dos aliados de Cunha para tentar salvá-lo da cassação. Segundo o regimento, nenhuma comissão pode promover votações ou formalizar decisões quando já estiver iniciada a ordem do dia em plenário, quando a sessão se torna deliberativa. A comissão marcou novo encontro para a manhã desta quinta-feira (14).
Ao anunciar a decisão, o presidente do colegiado, Osmar Serraglio (PMDB-PR), tido como aliado de Cunha, pediu que os parlamentares tivessem "consciência" e entendessem que o motivo do adiamento é justamente a sessão que vai decidir quem será o sucessor do peemedebista à presidência da Câmara. Inicialmente marcada para as 19h, a eleição foi remarcada pelo presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), para 17h30.
Aos gritos de "vergonha!", parlamentares que acompanharam a reunião da CCJ - alguns desde as 10h da manhã - foram até Serraglio para tentar reverter a decisão. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que participou da sessão de ontem (terça, 12), voltou à Câmara hoje (quarta, 13) para se defender mais uma vez no colegiado.
Mais sobre Eduardo CunhaMais sobre Legislativo em criseMais sobre comissões