Palavras ditas por Romero Jucá nem sempre são publicáveis. Talvez por isso, o senador costume colocar a mão na frente da boca
[caption id="attachment_283887" align="aligncenter" width="585" caption="Palavras ditas por Romero Jucá nem sempre são publicáveis. Talvez por isso, o senador costume colocar a mão na frente da boca ao falar"]

[fotografo]Geraldo Magela/Agência Senado[/fotografo][/caption]
Reagindo a uma proposta do Supremo Tribunal Federal (STF) que discute restringir o alcance do foro privilegiado, o líder do governo no Congresso, senador
Romero Jucá (PMDB-RR) afirmou que fim do foro não pode ser uma "suruba selecionada".
"Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada", disse Romero Jucá ao repórter Ricardo Brito, do jornal
O Estado de S.Paulo. "Uma regra para todo mundo (a restrição do foro privilegiado) para mim não tem problema", disse o senador peemedebista.
Líderes da base e da oposição no Congresso ameaçam aprovar uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para retirar o foro privilegiado de magistrados e integrantes do Ministério Público caso o Supremo Tribunal Federal (STF) acabe com essa prerrogativa. A proposta pretende também restringir o foro de políticos somente para crimes cometidos no exercício do mandato eletivo.
Brasília treme com a proposta. A declaração de Jucá, investigado na
Operação Lava Jato, demonstra isso. Pouco antes de dar a polêmica declaração ao jornalista, Jucá foi à tribuna do Senado e
atacou a imprensa. O parlamentar reclamou o tratamento que lhe tem sido dispensado por setores da imprensa, defendeu o foro privilegiado e disse que não tentou blindar pares em relação à Lava Jato quando
apresentou proposta (já retirada) que impede investigações contra membros da linha sucessória presidencial.
Jucá afirma que o STF ainda vai decidir se caberia à própria Corte alterar a interpretação do foro ou se a mudança teria que nascer no Legislativo. "Não é coisa de curto prazo, para amanhã", defendeu o senador.
Leia a íntegra da matéria do Estado de S.Paulo
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